Consuni: Bloqueio é inaceitável

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Em entrevista, reitor e pró-reitor de Finanças alertam para gravidades da situação

O Conselho Universitário (Consuni) da UFRJ aprovou, em sessão no dia 9, moção em que manifesta indignação com o corte determinado pelo governo Bolsonaro no orçamento das universidades e institutos federais. “Todo sistema de educação superior, educação tecnológica, e de ciência e tecnologia está em risco”, alerta o texto aprovado que exorta o MEC a reverter a medida.

Bloqueio é realidade

Nota apresentada pela Pró-Reitoria de Planejamento, Desenvolvimento e Finanças (PR-3) ao Consuni informa que, após sucessivos contingenciamentos entre 2014 e 2016 e reduções orçamentárias entre 2017 e 2019, a UFRJ enfrenta um quadro de enorme restrição financeira e opera um déficit que não permite atrasos no pagamento dos principais contratos.

A PR-3 fez, durante a sessão, uma apresentação detalhada sobre a involução do orçamento nos últimos anos e os graves efeitos do bloqueio. “Com o Orçamento disponível e a possível liberação de limites de empenhos, com valores do orçamento que não foram bloqueados, conseguiremos avançar com os contratos continuados e serviços até a competência de maio”, alerta o documento.

Contra o corte de bolsas

O Consuni manifestou contrariedade também em relação aos cortes e bloqueios, como o recolhimento informado pela Capes de bolsas dos programas de Demanda Social (DS) e Programa Nacional de Pós-Doutoramento (PROAP), apontando o papel central que tais bolsas ocupam para a pesquisa e para a formação de recursos humanos.

Leia a íntegra da moção da nota. Ambos com tabelas e gráficos que evidenciam a gravidade da situação.

Entrevista

Reitor e pró-Reitor de Finanças apontam efeitos imediados

As consequências, segundo alerta o reitor Roberto Leher, podem ser imediatas. “O bloqueio se dá sob um orçamento que já não cobre as despesas de manutenção básica da universidade”, pondera.

“Se bloqueiam o funcionamento em mais de 40%, se está sinalizando que a instituição vai parar porque não tem mais onde cortar”, completa o pró-reitor de Orçamento, Planejamento e Finanças Roberto Gambine.

 

Veja a íntegra nas entrevistas a seguir: 

 

 

O cenário do orçamentário da UFRJ nos últimos 5 anos

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