Trinta anos da Constituição de 1988

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“Direitos Constitucionais 30 anos depois: para onde vamos?” foi o tema do debate realizado pelo Fórum Rio, no dia 19 de outubro, no salão nobre do Instituto de Filosofia e Ciências Sociais (IFCS), com o apoio de várias instituições, como a Fasubra, OAB-RJ, Andes-SN e a UNE. Hora de unidadeO reitor da UFRJ, Roberto Leher, chamou a atenção para uma possível ascensão da direita e para os crescentes ataques de ódios dos últimos meses: “São tempos sombrios. É necessário dar maior densidade as ações que precisamos tomar de maneira imediata, além do combate direto ao ódio instaurado no país”. E, acrescentou: “Precisamos nos manter unidos, não só como cidadãos, mas como instituições de ensino, principalmente”. A procuradora do Ministério Público Federal, Deborah Duprat, defendeu a realização de plebiscito para reverter os retrocessos impostos pelo governo Temer a direitos conquistados na Constituição de 1988. Como a Emenda Constitucional 95, que congela investimentos públicos na saúde, educação e em outras áreas por 20 anos. Para a coordenadora de Educação, Cultura e Formação Sindical do Sintufrj, Joana de Angelis, o momento exige a unidade entre as forças políticas para lutar pela manutenção dos direitos democráticos, independente do resultado da eleição no domingo, dia 28. “O Sintufrj que está completando 25 anos de existência continuará firme na luta pelas garantias constitucionais para as trabalhadoras e trabalhadores e pela universidade pública de qualidade para todos”, afirmou a dirigente. Maria Clara Delmonte, representante do DCE Mário Prata, lembrou a luta de resistência da comunidade universitária da UFRJ nos anos de chumbo e concluiu: “A resistência só tem um caminho que é a unidade na luta para atender aos nossos anseios. Nós não queremos que tenham outros Mários Pratas”. O Oscar Halac, reitor do Colégio Pedro II, instituição que tem sido  alvo de ataques desde 2016, quando passou a permitir o uso de bermudas e saias, independente de gênero, como uniforme escolar, disse: “O Pedro II, apesar de tradicional, não é anacrônico, preza o livre pensamento”, e acrescentou: “É de saltar aos olhos que, em pleno século XXI, ainda exista discussões contra cotas, direitos trabalhistas e todas as formas de intolerância”.

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