“Precisa haver repasse para a universidade não parar”, diz Denise

Se a situação orçamentária persistir, a UFRJ pode ter de enfrentar, a partir de setembro, a paralisação de atividades como limpeza, alimentação e segurança. A reitora da UFRJ, Denise Pires, explicou que precisa haver o repasse de recursos pelo governo para a instituição não parar.

A dramática situação da UFRJ foi apresentada pela reitora e pelo pró-reitor de Planejamento, Desenvolvimento e Finanças, Eduardo Raupp, em detalhes ao ministro da Educação, Abraham Weintraub, em audiência no dia 21.

“A situação é dramática. O ministro está consciente disso”, informou a reitora. Segundo ela, Weintraub prometeu liberar parte do contingenciamento em setembro. Denise voltou a lembrar o déficit de mais de R$ 200 milhões da UFRJ.

“Se não for feito (o repasse) em setembro, limpeza, alimentação, segurança podem parar”, insistiu a reitora.

Veja a íntegra da entrevista aqui.

Planilhas

Na reunião com o MEC, Raupp apresentou planilhas demonstrando a situação orçamentária da UFRJ. Se houver a liberação do limite de empenho do orçamento não bloqueado, de R$ 41 milhões, há cobertura orçamentária parcial de junho e cobertura contratual até agosto.

Só se houver a liberação integral do orçamento previsto na LOA de 2019 a cobertura orçamentária avança até meados de setembro, com cobertura contratual até novembro.

O pró-reitor reitera as palavras de Denise: “A situação orçamentária continua muito grave. Estamos aguardando (liberação de orçamento) para o início de setembro. Tivemos o compromisso do MEC de que vai trabalhar para que a universidade não paralise, mas vamos ter que aguardar”, disse Raupp.

O pró-reitor relaciona contratos de limpeza, segurança, manutenção. Há problemas também com água e energia elétrica, mas as operadoras têm mais condições de absorver algum atraso. “No entanto, empresas pequenas e médias, passando de três meses de atraso, talvez já não tenham condições de suportar o funcionamento”, explicou Raupp.

Veja a íntegra da entrevista aqui.

PR-6 estuda contrato

 

A Pró-Reitoria de Gestão e Governança (PR-6) está estudando medidas para enfrentar o bloqueio orçamentário (de mais de 41%) das verbas destinadas à manutenção da UFRJ.

O pró-reitor André Esteves explica que a revisão dos contratos é um exercício contínuo, mas que, mantido o contingenciamento de recursos, se torna ainda mais intenso.

O bloqueio de verbas levou à necessidade de a universidade estudar cenários mais difíceis. Se não houver desbloqueio, uma hipótese que tem que ser trabalhada é a redução e até corte em algum serviço. “Não há como assumir uma despesa sem cobertura orçamentária. Fere até a lei de responsabilidade fiscal”, explica.

ANDRÉ ESTEVES. Medidas para enfrentar os cortes
GRUPO de terceirizados em ação nos corredores no Centro de Ciências da Saúde

Sintufrj presente

Começaram com os trabalhadores do Museu Nacional, Horto Botânico e Instituto de Atenção à Saúde São Francisco de Assis (Hesfa), no dia 20 de agosto, as reuniões da direção sindical por locais de trabalho para discutir e encaminhar os seguintes temas cruciais para a categoria:

  • Insalubridade.
  • Reorganização do processo de trabalho e jornada de turnos contínuos com a implantação das 30 horas/Avaliação de desempenho (Avad).
  • Ponto eletrônico. 

Para esta semana já estão agendadas reuniões com os técnicos-administrativos em educação do Instituto de Psiquiatria (Ipub), das unidades na Praia Vermelha e do Hospital Universitário Clementino Fraga Filho (HUCFF). A coordenadora-geral do Sintufrj Gerly Miceli é quem está à frente desta ação sindical.

Nessas reuniões, a primeira semana de prevenção de acidentes organizada pelo Sintufrj, o Sipat, foi assunto da pauta.

Agenda de reuniões da semana

Ipub – Terça-feira, 27, das 12h  às 15h, auditório Marcio Persiani.

Praia Vermelha – Quarta-feira, 28, às 13h, auditório Manoel Maurício.

HUCFF – Quinta-feira, 29, às 10h, auditório Halley Pacheco (8º andar).

Sindicato itinerante

Está sendo elaborada uma agenda permanente para que a direção sindical atenda às demandas da categoria nas unidades fora dos campi.

Museu Nacional e Horto Botânico

Cerca de 70 técnicos-administrativos participaram da reunião com o Sintufrj. De acordo com Gerly, os recém-ingressos na UFRJ se manifestaram interessados em discutir o processo de trabalho,  mas tinham muitas dúvidas, que foram esclarecidas.

Reorganização do processo de trabalho

“O processo de trabalho consiste em os técnicos-administrativos apresentarem seu plano de metas e de produção acadêmica, conforme fazem os docentes ao elaborarem seus planos de cursos e de metas. Porque nós fazemos parte da engrenagem ensino, pesquisa e extensão da universidade. Então, não podemos ser submetidos a uma aferição fabril, porque não somos uma linha de produção fordista”, explicou Gerly.

 

Avaliação de Desempenho

Os trabalhadores sugeriram que o Sintufrj produza uma cartilha contendo a proposta sobre avaliação de desempenho que a direção sindical encaminhou à gestão anterior e à atual da Reitoria.

“Nós reivindicamos da Reitoria uma avaliação que represente a visão coletiva do nosso trabalho em equipe, porque a forma atual permite espaço para assédio moral e não resulta em nada para a melhoria do desempenho profissional do servidor individualmente como em equipe; limita-se a apenas a uma pequena vantagem financeira e mais: não dialoga com quem está em fim de carreira”, esclareceu a dirigente.

Sugestões ao Sintufrj

Vários presentes à reunião se comprometeram a encaminhar ao Sintufrj sugestões sobre o Avad para entrarem na pauta de negociações com a Reitoria.

Saúde do trabalhador 

Foram muitas as críticas sobre a metodologia utilizada pela Coordenação de Políticas de Saúde do Trabalhador (CPST) de avaliação individual dos servidores. Técnicos-administrativos tanto do Museu como do Horto disseram que aguardam há quase um ano a perícia da CPST para receberem o adicional de insalubridade. Além disso, mais de 400 processos estão parados lá.

Compromisso da entidade

A assessoria em saúde do trabalhador do Sintufrj irá às duas unidades conversar com os trabalhadores e, após isso, a direção sindical acionará a CPST para atender às reivindicações dos trabalhadores.

 

Instituto de Atenção à Saúde São Francisco de Assis (Hesfa)

Categoria discute processo de trabalho

Participaram da reunião técnicos-administrativos de quase todos os setores da unidade, e todos se mostraram com vontade de esclarecer dúvidas sobre a legislação vigente do processo de trabalho, com a jornada de turnos contínuos e a implantação das 30 horas – um dos temas mais atuais na UFRJ.

Segundo Gerly, a categoria no Hesfa está adiantada nessa discussão e se organiza para criar a comissão setorial que fará o levantamento e o planejamento por setor de trabalho.

Reunião – Nesta quarta-feira, 28, às 14h, eles farão reunião para tirar a posição da unidade sobre a reorganização do processo de trabalho e jornada de turnos contínuos (30 horas). A direção do Sintufrj estará presente a convite dos trabalhadores.

Insalubridade

O Hesfa é uma das unidades que já tem mapa ambiental elaborado pela assessoria de saúde do trabalhador do Sintufrj, e o trabalho realizado pelo especialista Rafael Borher diverge de  entendimentos da CPST.

COORDENADORA Gerly Miceli conduz reunião no Hesfa