Greve da Dataprev suspende demissões

A greve dos trabalhadores da Dataprev obrigou a estatal a suspender o programa de demissões. Segundo o portal da CUT, a empresa foi obrigada a cumprir a Lei de Greve (7.783/89), que proíbe demissões ou novas contratações para substituir grevistas durante as paralisações.

Os servidores da empresa entraram em greve por tempo indeterminado desde o início da semana passada em decorrência das 493 demissões das 20 regionais da empresa.

O movimento também é contra a privatização da empresa e também do Serpro, a maior empresa pública de prestação de serviços em tecnologia da informação do Brasil já anunciadas pelo governo Bolsonaro.

A Dataprev (Empresa de Tecnologia e Informações da Previdência) é uma das principais empresas de tecnologia da informação do país, responsável pelo processamento de dados de políticas sociais do governo.

Demissões

No caso das demissões, os grevistas reivindicam que esses trabalhadores sejam remanejados para o INSS, que necessita de mão de obra para processar dois milhões de pedidos de benefício social, que estão na fila de espera e os novos requerimentos.

Apesar da vitória parcial, a greve continua. A categoria aguarda audiência amanhã, 4, em Brasília, com o Ministério Público do Trabalho, que se reunirá com as entidades representativas. No Rio de Janeiro, a adesão à greve chega a aproximadamente 80% da categoria, segundo assessoria do Sindicato dos Trabalhadores em Empresas e Serviços Públicos e Privados de Informática do Estado do Rio de Janeiro (Sindpd-RJ), e está marcada assembleia unificada para as 11h de amanhã, para avaliação da greve e deliberação sobre os próximos passos a seguir contra o desmonte da empresa e a demissão dos trabalhadores e trabalhadoras.