UFRJ: Oxímetro mais avançado e mais barato

Compartilhar:

A UFRJ, em parceria com a Fiocruz, está desenvolvendo um novo modelo de oxímetro — aparelho que mede os níveis de oxigênio no sangue – a custo econômico e com nova tecnologia, que permitirá ser usado em paciente fora do hospital, mantendo o acompanhamento médico. O equipamento será ligado remotamente a uma central, que emitirá um sinal quando a saturação do oxigênio do usuário estiver abaixo do indicado.

Uma das metas dos pesquisadores é levar o aparelho a pacientes com a covid-19 sem sintomas graves para que, em caso de alteração dos indicadores, eles sejam imediatamente internados. A base tecnológica do projeto que se encontra em fase de montagem de protótipos é a IoT (Internet of Things), que são sistemas que usam a rede para acompanhar funcionamento de dispositivos instalados em locais distantes.

Avanço
O coordenador do grupo de pesquisa, Guilherme Travassos, que responde pelo Programa de Engenharia de Sistemas e Computação da Coppe, disse que o Oxímetro IoT faz parte de um sistema maior sobre mecanismos de acompanhamento e monitoramento de pacientes, e reúne pesquisadores da graduação e da pós-graduação de diversas unidades da UFRJ, além da Coppe, como o Complexo Hospitalar e a Faculdade de Medicina. “Esse time construiu esse sistema que, além do dispositivo em si, de baixo custo, envolve toda parte de sensoriamento e medição”, afirmou.

O novo equipamento, segundo Travassos, é um sistema de baixo custo e que conta com uma estrutura de software para comunicação (dos dados coletados) pelo dispositivo — que tem sensores de saturação de oxigênio do sangue, temperatura e frequência cardíaca – e que, através de IoT (internet das coisas), envia as marcações de cada paciente para um painel de acompanhamento (dashboard) dos indicadores pelas equipes médicas.

A primeira versão do protótipo está em teste e a expectativa dos pesquisadores é que as agências de fomento como Faperj, CNPq e Capes aprovarem o projeto e destinem recursos para a produção dos equipamentos.

Além dos recursos, observou Travassos, é necessário seguir um conjunto de protocolos para garantir segurança no uso dos equipamentos. Embora seja um sistema não invasivo, não pode apresentar falhas. “Isso talvez seja a parte mais delicada. Por isso estamos trabalhando com equipes de saúde neste projeto multidisciplinar fascinante”, concluiu.

Instalação
Segundo Travassos, o equipamento está sendo desenvolvido com dois propósitos: para instalação em enfermarias, principalmente em leitos que demandam isolamento (não é de UTI), e em casa de pacientes que não necessitam de internação, mas que precisam ser acompanhados. Os primeiros deverão atender às comunidades próximas do Fundão.

 

COMENTÁRIOS