Num cenário de mais de 400 mil vidas perdidas, 14 milhões de desempregados e 116 milhões de brasileiros sobrevivendo em situação de insegurança alimentar, o 1º de Maio dos trabalhadores é de resistência ao governo genocida de Jair Bolsonaro e de total solidariedade as suas vítimas e reféns. 

Este foi o recado dado pelos participantes da Live “Relevância do 1º de Maio: perdas e frentes de resistência”, organizado pela Adur-RJ com participação do Sintur-RJ, Sintufrj e Adufrj. 

Os debatedores foram Lúcia Valadares (Adur-RJ), Noemi de Andrade (Sintufrj), Ivanilda Reis (Sintur-RJ) e Josué Medeiros (Adufrj). A mediação coube a Marcelo Fernandes (Adur-RJ). A mesa fez parte das atividades da “Jornada de Lutas” da Adur -RJ para marcar o 1º de Maio. A live pode ser vista no canal do YouTube do Sintufrj.

Solidariedade

“É um desafio discutir o mundo do trabalho em plena pandemia, com 14 milhões de desempregados e outros milhões na informalidade empurrados para a uberização, e vivendo uma realidade desumana. Hoje a solidariedade se faz mais do que necessária e precisamos pensar sobre isso. O 1º de Maio não é de comemoração. É para refletirmos. Pensar em como vamos encarar o pós-pandemia”, declarou a coordenadora do Sintufrj, Noemi de Andrade.

A solidariedade a que se refere a dirigente é um dos nortes da campanha do Sintufrj que reivindica vacina para todos e comida na mesa dos brasileiros. 

“O mundo do trabalho mudou, se modernizou e vivemos hoje uma realidade sem direitos praticamente. Não temos mais como falar de emprego e salário sem discutir a questão sanitária. A nossa luta hoje é para que os trabalhadores tenham uma renda mínima para não passar fome. Por isso, o tema de nossa campanha é “Vacina no braço, comida no prato”, observou Noemi. 

Cozinha solidária

A solidariedade foi ressaltada pelo diretor da Adufrj, Josué Medeiros, como uma das novas formas de luta a ser empreendida pelos trabalhadores. Para ele, são novos caminhos que se descortinam para aproximar a militância sindical da população e as novas categorias de trabalhadores surgidas com a crise e a pandemia, como o projeto de cozinha solidária do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST).

“Temos de buscar outros caminhos que são as novas formas de luta que pode envolver esses novos trabalhadores (entregadores e uberizados) tecendo assim laços de solidariedade. E a Adufrj vem apoiando o projeto de Cozinha Solidária”, observou o dirigente. Ele propôs a encampação da ideia como ponto de partida para construir um projeto coletivo que posso envolver a universidade e os sindicatos.

Extermínio

Para a coordenadora-geral do Sintur-RJ, Ivanilda Reis, a luta dos trabalhadores neste governo passa pela solidariedade, unidade e resistência contra o governo Bolsonaro que está exterminando os trabalhadores. 

“A realidade dos trabalhadores é essa atualmente: ou morre de Covid ou morre de fome. Muitos que perderam o emprego estão realmente passando muita fome. Estamos sendo exterminados. Quantos trabalhadores estão perdendo a vida por simplesmente estar trabalhando?”, perguntou.

“A gente precisa através da solidariedade, da unidade e muita resistência trazer esse 1º de maio para o contexto que sempre foi e precisa ser, no contexto de resistência. Que se aponte caminhos. E não há outro caminho que não seja a grande unidade dos trabalhadores contra o governo Bolsonaro que significa o extermínio de tudo o que temos de necessidade enquanto trabalhadores. É o momento de dizer basta. É uma luta pela vida”, conclamou Ivanilda.

Consciência de classe

A dirigente da Adur-Rj, Lúcia Valadares, fez um histórico da luta da classe trabalhadora, refletindo sobre a relação capital x trabalho. Ela apontou a mobilização articulada dos trabalhadores e a provocação do debate sobre a realidade atual do país com a sociedade como necessários para combater o círculo vicioso da exploração do trabalho.

“Para aumentar a acumulação do capital é preciso matar. Não basta expropriar o trabalho para obter a riqueza. Como enfrentar isso? É preciso ter um projeto e compreender a realidade, mas principalmente é na articulação, na formação de grupos de estudo, na formação cotidiana. Entender que somos trabalhadores e seres humanos. Penso que a duras penas estamos conseguindo consolidar uma mobilização nacional, mais é preciso ter uma presença maior junto ao parlamento e a sociedade. É preciso colocar em discussão o que é a nossa realidade brasileira hoje e fazer a devida denúncia”, externou Lúcia.

CONFIRA O DEBATE NA ÍNTEGRA: 

 

 

A recepção de Pilha foi realizada com crueldade. Ele recebeu chutes, pontapés e murros enquanto ficava no chão sentado com as mãos na cabeça. Enquanto Pilha estava praticamente desmaiado, o agente que o agredia e falava de Bolsonaro

Rodrigo Pilha, preso no dia 18 de março por estender uma faixa chamando o presidente Jair Bolsonaro de genocida, foi espancado e torturado na prisão e tem dormido no chão desde quando foi privado de sua liberdade. Ou seja, há exatos 41 dias.

Durante os últimos dias o blogue conversou com diversas pessoas que têm proximidade com Pilha que não pode dar entrevistas e confirmou a informação que já havia sido publicada sem maiores detalhes num tuíte por Guga Noblat.

Enquanto esteve na Polícia Federal prestando depoimento, Pilha foi tratado de forma respeitosa, mas ao chegar no Centro de Detenção Provisória II, área conhecida como Covidão, em Brasília, alguns agentes já o esperavam perguntando quem era o petista.

A recepção de Pilha foi realizada com crueldade. Ele recebeu chutes, pontapés e murros enquanto ficava no chão sentado com as mãos na cabeça. Enquanto Pilha estava praticamente desmaiado, o agente que o agredia, e do qual a família e advogados têm a identificação, perguntava se ele com 43 anos não tinha vergonha de ser um vagabundo petista. E dizia que Bolsonaro tinha vindo para que gente como ele tomasse vergonha na cara.

Na cela, Pilha foi recebido pelos outros presidiários com solidariedade e respeito. Mas durante à noite esses mesmos agentes foram fazer uma blitz na cela e deixaram todos pelados e os agrediram a todos com chutes e pontapés. Com Pilha, foram mais cruéis. Esparramaram um saco de sabão em pó na sua cabeça, jogaram água e depois o sufocaram com um balde. Todos foram avisados que estavam sendo agredidos por culpa de Pilha. Do petista que não era bem-vindo na cadeia.

A tentativa dos agentes que se diziam bolsonaristas de estimular a violência dos colegas de cela contra Pilha não deu resultado. Pelo contrário, Pilha ficou 22 dias só com uma bermuda, uma cueca e uma camiseta que lhe foram doados por colegas de cela. Não lhe foi oferecida nenhuma roupa.

Como também ficou sem contato com a família neste período inicial, era na camaradagem com outros presos que Pilha conseguia comer uma bolacha, uma fruta ou outros produtos que podem ser comprados.

Atualmente, Pilha está trabalhando por 6 horas todos os dias e com isso consegue ficar fora do presídio das 14h30 às 20h30. Mas tem que voltar para a cela todas as noites, onde convive com outros colegas, com baratas e escorpiões, por exemplo. Seus advogados estão tentando conseguir progressão de pena com base em leituras e cursos, mas têm tido dificuldade.

Sem essa progressão, Pilha permanecerá como preso político até o dia 4 de julho e sua vida continuará em risco até esta data.

 

 

 

🏴🏴 BRASIL 400 MIL MORTOS 🏴🏴
DECLARAÇÃO DA CAMPANHA NACIONAL FORA BOLSONARO

No dia em que o Brasil ultrapassa os 400 mil mortos pelo coronavírus, nos solidarizamos com as famílias e com todo o povo brasileiro atingido pela pandemia e conclamamos mais uma vez o país a interromper o governo da morte e da destruição nacional.

👀 Leia a íntegra da declaração no site da campanha
https://campanhaforabolsonaro.com.br/

✒️ Subscreva a declaração:
https://forms.gle/mxxBd4eaM1mPLcRQ6

⏩ Compartilhe nas suas redes e com seus contatos
Texto: http://bit.ly/forabolsonaro400milmortos
Cards: https://bit.ly/3t2h8qw

Campanha Fora Bolsonaro

📲 Se você ainda não faz parte do grupo da sua região, entre por aqui: linktr.ee/campforabolsonaro

 

 

A programação da CUT-Rio inclui a exibição de faixas e colocação de outdoors em cerca de 50 pontos. Teremos também a Carreata Pela Vida com concentração na CEDAE a partir das 9h e saída às 10h. À tarde, nos reuniremos às demais centrais sindicais na Live Pela Vida. A partir das 14h, acompanhe no Facebook do Sintufrj e ajude a divulgar.