América Latina e Caribe superam 800 mil mortos por covid-19 no Dia Mundial da Saúde

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Hoje, Brasil é o foco da doença e concentra 40% dos óbitos e 44% dos contágios por novo coronavírus na região

Matéria retirada do site Brasil de Fato. 

Neste 7 de abril, quando o mundo celebra o Dia Mundial da Saúde, a América Latina e o Caribe atingem a marca de 802.918 falecidos pela covid-19. A região foi uma das últimas a registrar casos da doença e hoje é uma das mais afetadas pela pandemia. Os dados são da Organização Mundial de Saúde (OMS).

O Brasil concentra 40% dos óbitos, superando a marca dos 332 mil, seguido pelo México, com quase 205 mil mortos, depois a Colômbia com 64 mil óbitos.

Analisando de maneira proporcional, o líder do ranking é o Peru, com 1.611 falecidos a cada milhão de habitantes, seguido do México com 1.589 mil, e do Brasil, com 1.585 mil. 

Apesar do início de campanhas de vacinação em feveireiro, desde março, os contágios e mortod só aumentam. O surgimento de novas variantes do vírus, como a P1 e P2, identificadas no Brasil, é um fator que colabora para o agravamento da situação. 

Até o momento, foram aplicadas 153,6 milhões de vacinas na América Latina e Caribe, segundo levantamento do site Nosso Mundo em Dados. No entanto, Brasil, México, Argentina, e Chile concentram 90% dos imunizados.

Desse total, 2,8 milhões de doses foram oferecidas a 26 países pela Organização Pan-Americana da Saúde (Opas) através do mecanismo Covax. 

Segundo especialistas, as escassas medidas de isolamento social, o ritmo lento da imunização e os escândalos de desvios de vacinas em países como Peru, Equador, Argentina, Paraguai e Chile também contribuem para o cenário crítico.

“É impossível lutar contra a covid-19 sem enfrentar as desigualdades e apoiar os mais vulneráveis a se proteger. No dia mundial da saúde convocamos os países a ter equidade nas suas respostas”, declarou a diretora geral da Opas, Carissa Etienne, em coletiva de imprensa, nesta quarta-feira (7).

O avanço desenfreado dos contágios no território brasileiro representa 44% dos casos em toda a região. Nas últimas 24h, houve um novo recorde com 4195 mortos e 86.979 infectados. 

Há duas semanas, a Organização Pan-Americana da Saúde alertou para o risco que o Brasil representa para os países vizinhos, desatando uma segunda onde contágios em toda a América Latina. 

O Chile voltou a decretar lockdown nas regiões centrais do país, que concentram 74% da população e adiou as eleições da Convenção Constitucional, de governadores e prefeitos, prevista para o próximo domingo (11). 

Equador decretou estado de exceção em oito das suas 24 regiões, depois de ter duplicado o número de hospitalizados no primeiro trimestre do ano. 

A Venezuela já leva três semanas seguidas de quarentena radical em todo território, tentando frear os contágios, que batem recordes diariamente. Nas últimas 24h, foram computados 1526 doentes. O governo reconhece que esse é o pior momento da pandemia no país. 

O Uruguai, que iniciou 2021 como um exemplo bem sucedido de controle sanitário, agora é o líder mundial de novos casos, com uma média de 847 novos doentes a cada milhão de pessoas. Uma cifra preocupante para um país de apenas 3,5 milhões de habitantes.

“Não podemos afrouxar as medidas sanitárias sem dados com base científica. Nossa ação deve se basear na realidade e requer uma atenção contínua de todos nós”, afirmou a diretora geral da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas) Carissa Etienne.

 

 

 

 

 

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