Dia Nacional de Luta nas redes sociais: “Queremos Vacina no braço e Comida no prato”

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Mais de 370 mil brasileiros morreram de Covid-19. Milhões estão passando fome. Nesta terça-feira, 20 de abril, é dia de alertar a sociedade sobre a volta da fome ao Brasil e sobre a necessidade de exigir a imunização e a aceleração da vacinação de toda a população.

“Queremos vacina no braço e comida no prato!” é o slogan deste dia de luta nacional promovido pela CUT, demais centrais sindicais e os movimentos populares ligados às Frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo, e que vai agitar as redes sociais e as ruas de todas as formas.

“Vacina no braço, Comida no prato: Fora Bolsonaro” foi o mote da campanha do Sintufrj lançada no dia 9 de abril, e que os movimentos sindical e popular aderiram para este Dia Nacional de Luta. 

Vacinação em massa e auxílio emergencial de 600 reais 

O objetivo é sensibilizar a população para também pressionar o Congresso Nacional a votar com urgência o valor do auxílio emergencial de R$ 600 (como foi aprovado pelo Congresso Nacional no ano passado), junto com medidas para acelerar o processo de vacinação por meio do Sistema Único de Saúde (SUS) para todos.

“O Brasil ainda atravessa momentos terríveis de crises econômica e sanitária, caminhando a passos largos para a marca de meio milhão de mortos por Covid-19”, destacam os movimentos à frente da mobilização nacional.  

O parlamentares em Brasília são chamados à responsabilidade: “Conclamamos o Congresso Nacional para que tenha sensibilidade social e humanitária, colocando em votação e aprovando o auxílio emergencial de R$ 600 mensais, até o fim da pandemia”.

Esse dia de luta terá mutirão nacional de colagem de cartazes e lambe lambes, projeções em muros e fachadas de prédios, twitaços etc., mas respeitando-se as medidas de isolamento social para conter o avanço da pandemia.

Reivindicações

1 – Vacinas conta a Covid-19 para todos e todas e rapidez na vacinação;

2 – Distanciamento social e lockdown unificado e organizado em todo o país;

3 – Auxílio-emergencial de R$ 600 mensais para quem precisa, até o fim da pandemia;

4 – Programa de proteção e manutenção do emprego e da renda;

5 – Apoio financeiro às pequenas e médias empresas que geram emprego;

6 – Solidariedade às populações socialmente mais vulneráveis e combate à fome.

Mortes

O Brasil ultrapassou os Estados Unidos, México e Peru e se tornou o país com mais mortes causadas pela Covid-19 por milhão de habitantes no continente americano. Os dados são do site “Our World in Data”. 

No ranking, o Brasil tem atualmente 1.756 óbitos por milhão de habitantes e ultrapassou o México no dia 7 de abril, o Peru no dia 13 e os EUA no dia 14. 

No país, a tragédia provocada pela Covid-19 já beira a 375 mil mortos e quase 14 milhões de casos neste início de semana. A média móvel de mortes encontra-se a mais de um mês acima de 2mil vítimas por dia. 

O culpado por esse genocídio? Jair Bolsonaro. É o que denuncia a campanha. 

Fato atestado por especialistas. 

Segundo artigo assinado por dez cientistas do Brasil e dos EUA, liderado pela demógrafa Márcia Castro, professora da Universidade Harvard, publicado na revista Science, uma das mais importantes da ciência no mundo, o presidente do Brasil é um grande culpado pelo fracasso do país no combate à pandemia.

Os cientistas criticam a conduta de Bolsonaro, que tem um peso proporcionalmente muito maior no cenário de caos gerado pela pandemia – com uma ação marcada não só por omissões, mas por atos irregulares como a promoção de curas ineficazes.

“No Brasil, a resposta federal tem sido uma combinação perigosa de inação e irregularidades, incluindo a promoção da cloroquina como tratamento, apesar da falta de evidências”, diz o estudo. 

Fome

Paralelamente a esse genocídio, o governo Bolsonaro propôs novo auxílio emergencial que atende menos pessoas, por menos tempo e com um valor que não compra nem meia cesta básica. O valor atual varia de R$ 150,00 a R$ 375,00.

Desde o início de seu governo a fome voltou a ser uma realidade para o povo brasileiro. Só nos últimos meses do ano passado 19 milhões de pessoas não tiveram o que comer, segundo pesquisa da Rede Penssan (Rede Brasileira em Soberania e Segurança Alimentar). 

Outra pesquisa mostra que 59,3% dos brasileiros – 125, 6 milhões – vivem em insegurança alimentar desde a chegada do coronavírus, segundo dados do estudo “Efeitos da pandemia na alimentação e na situação da segurança alimentar no Brasil”, coordenada pelo do Grupo de Pesquisa Alimento para Justiça: Poder, Política e Desigualdades Alimentares na Bioeconomia, com sede na Universidade Livre de Berlim.

Com informações da CUT Nacional e Sites de Notícias

 

 

 

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