A Pró-Reitoria de Pessoal (PR-4), por meio da Divisão de Desenvolvimento (DVDE) e da Coordenação de Políticas de Pessoal (CPP), abriu inscrições para o processo seletivo de  formação de cadastro de Projetos de Cursos de Capacitação, visando o desenvolvimento dos servidores ativos da UFRJ, em 2021.

Podem se inscrever técnico-administrativos em educação e docentes do quadro de pessoal permanente da universidade e submeter propostas de cursos, exclusivamente na modalidade de Ensino a Distância (EaD) e compor equipes como coordenadores e/ou tutores.

Acesse e conheça as normas de submissão do Edital 2021.

PERÍODO: 1/6/2021 a 23/6/2021

EDITAL E INSCRIÇÃO ONLINE: www.desenvolvimento.pr4.ufrj.br 

Para mais informações, entre em contato com a DVDE: desenvolvimento@pr4.ufrj.br

 

 

Só em SP, mais de 80 mil pessoas foram à Avenida Paulista neste #29M pelo “Fora, Bolsonaro”, que ocorreu em 213 cidades brasileiras dos 26 estados e do Distrito Federal, e em 14 cidades no mundo

Publicado: 31 Maio, 2021 Escrito por: Redação CUT

ROBERTO PARIZOTTI

As manifestações contra Jair Bolsonaro, pelo auxílio emergencial de R$ 600 e vacina contra Covid-19 para todos e todas, que levaram milhares de pessoas às ruas do país e em algumas cidades do mundo neste sábado (29), acuaram o presidente e sua tropa de choque. Bolsonaro não saiu do Palácio da Alvorada para dar os famosos passeios de fim de semana nem fez qualquer comentário nas suas redes sociais sobre os atos. Foram mais de 420 mil pessoas protestando em todo o país, só em São Paulo, cerca de 80 mil pessoas foram à Avenida Paulista, segundo estimativa feita pelo coordenador da Central dos Movimentos Populares (CMP), Raimundo Bonfim, um dos organizadores do protesto.

#29M pelo “Fora, Bolsonaro”, que ocorreu em 213 cidades brasileiras dos 26 estados e do Distrito Federal, e em 14 cidades no mundo, reuniu trabalhadores, aposentados, crianças, artistas, como Renata Sorrah, Camila Pitanga e a atriz Mônica Martelli, amiga e parceira em filmes de Paulo Gustavo, humorista que morreu por complicações causadas pela Covid-19 – ele foi lembrado no cartaz carregado pela atriz -, além de donas de casa e milhares de pessoas enlutadas, parentes e amigos das mais de 462 mil vítimas da Covid-19 no Brasil.

REPRODUÇÃO/REDES SOCIAISReprodução/Redes sociais
Renata Sorrah, atriz
REPRODUÇÃO/UNEReprodução/UNE
Camila Pitanga, atriz
REPRODUÇÃO/REDES SOCIAIS

Mônica Martelli, atriz Reprodução/Redes sociais

Com receio de se contaminar com o novo coronavírus e contrair a Covid-19 e seguindo a orientação dos organizadores, quase 100% das pessoas usaram máscaras e tinham com álcool em gel nas mãos. Quem não tinha máscara podia pegar nas barracas ou das mãos de militantes que passavam oferecendo e orientando sobre como usar. Em locais como Brasília, os organizadores pediram para os manifestantes fazerem filas indianas, com distanciamento social.

Os atos foram pacíficos e em muitos locais a Polícia Militar (PM) se limitou a acompanhar de longe. Em Recife, porém, a tropa de choque resolveu, sem que nada houvesse ocorrido, atirar balas de borracha e bombas de gás lacrimogênio para dispersar o ato que se encaminhava para o final. Dois homens que passavam pelo local e nem participavam do ato foram atingidos e perderam um olho cada. A vereadora Liana Cirne (PT) se aproximou de uma viatura para dialogar com os policiais e tentar impedir uma tragédia ainda maior e foi atingida com spay de pimenta nos olhos. O governador Paulo Câmara (PSB) afastou o comandante da PM e os policiais envolvidos na operação e mandou abrir uma investigação.

O presidente da CUT-PE, Paulo Rocha, publicou um vídeo no YpuTube exigindo do governador apuração sobre esse ato “de extrema violência” e punição dos culpados. O Coletivo Nacional das Mulheres da CUT também divulgou nota exigindo punição exemplar contra os agressores da vereadora Liana Cirne.

Em Aracaju, divididos em fileiras, com distanciamento, usando máscaras, álcool em gel e com a devida segurança sanitária, cerca de 5 mil pessoas ocuparam as ruas na certeza de que o presidente do Brasil é pior do que o vírus da Covid-19 que já matou 459 mil brasileiros.

Em Brasília, a manifestação ocupou a Esplanada dos Ministérios e reuniu milhares de pessoas de máscaras e com distaqcionamento social recomendado pelos organizadores.

Benildes Rodrigues
BENILDES RODRIGUES

Em Belo Horizonte, a Avenida João Pinheiro, no centro da cidade, foi tomada por manifestantes, que ocuparam a Praça da Liberdade até a Praça Afonso Arinos.

CAROL ANICECarol Anice

Em Belém, capital do Pará, o ato reuniu milhares de pessoas. Centrais sindicais, movimentos, partidos, estudantes, religiosos e outras categorias de trabalhadores foram às ruas pelo “Fora Bolsonaro”.

Branda Baliero
BRANDA BALIERO

 

Em Florianópolis, cerca de 5 mil trabalhadores e e estudantes tomaram as ruas do centro da capital catarinense. A CUT e as entidades filiadas estavam na organização da mobilização, junto com outras centrais, partidos políticos de esquerda, movimentos sociais e estudantis.

Os manifestantes saíram do largo da Alfândega e caminharam pelas principais ruas centrais com faixas, cartazes e palavras de ordem das bandeiras defendidas. A presidenta da CUT-SC, Anna Julia Rodrigues, participou do ato e falou porque a Central está nas ruas: “Viemos para rua em plena pandemia porque esse governo genocida está matando mais do que o vírus. Estamos aqui hoje porque somos a favor da vida e lutamos por vacina para todos, auxílio emergencial decente que acabe com a fome e a miséria do povo brasileiro e pelo fim desse governo fascista”.

Reprodução
REPRODUÇÃO

Confira aqui os demais atos realizados em Santa Catarina.

Em Fortaleza, a carreata puxada pela CUT Ceará, CTB, CSP Conlutas, movimentos sociais e a Frente Brasil Popular reuniu mais de mil carros na tarde deste sábado (29). O ato também reforçou a campanha dos servidores das três esferas (municipal, estadual e federal) contra as privatizações e a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) nº 32 da reforma Administrativa do governo de Jair Bolsonaro (ex-PSL).

Tarcísio Aquino
TARCÍSIO AQUINO

Em Palmas, capital do Tocantins, manifestantes caminharam pela Avenida Jucelino Kubitschek e entoaram o grito de “Genocida!” contra Bolsonaro.

@Mauhashi

Em Porto Alegre, cerca de 30 mil pessoas tomaram as ruas na tarde ensolarada deste sábado (29) para exigir vacina já e o afastamento do presidente genocida. Houve também grandes manifestações em várias cidades do interior gaúcho. Em outros estados e em Brasília não foi diferente com atos gigantescos. Teve ainda protestos no exterior.

Usando máscaras de proteção, procurando manter distanciamento e carregando faixas e cartazes, a multidão soltou os gritos de “Bolsonaro genocida”, “Fora Bolsonaro” e “vacina no braço e comida no prato” na capital gaúcha. Os participantes pediram também vacina já para todos e todas, auxílio emergencial de R$ 600 para combater a fome e o desemprego, defesa dos serviços públicos e contra a reforma administrativa, e não aos cortes na educação e às privatizações.

Luiz Damasceno
LUIZ DAMASCENO

Em Porto Velho, o dia de luta pelo ‘Fora Bolsonaro’ reuniu estudantes em um ato em frente a Universidade Federal de Rondônia, que se encontrou com a carreata na Avenida 7 de setembro. Centenas de carros percorreram a região central, a zona sul e a zona leste da cidade.

Reprodução

Em Recife, o #29M pelo ‘fora, Bolsonaro’, um ato pacífico e bastante organizado do ponto de vista sanitário, com fila indiana, distanciamento social, álcool em gel e com a máscara sendo item básico e obrigatório, até máscaras PFF2 foram distribuídas por militantes e parlamentares, a fim de garantir maior segurança dos presentes, os gritos de “vida, pão, vacina e educação, fora Bolsonaro e Mourão!”,entoados por  cerca de 5 mil pessoas na passeata que saiu da Av. Conde da Boa Vista foram interrompidos pela ação truculenta da Polícia Militar, que jogou bombas de gás lacrimogênio, atirou balas de borracha para dispersar a manifestação que estava quase no final. Dois homens perderam um olho ao ser atingido por balas de borracha.

JCMazella/Sintepe
JCMAZELLA/SINTEPE

Em Salvador, juventude e estudantes hoje foram ao bairro Campo Grande para dizer lutar pela universidade pública, por saúde e pela vida digna.

Mídia Ninja
MÍDIA NINJA

Em São Luís, capital do Maranhãomilhares de pessoas caminharam e protestaram no 29M. Durante o ato, pessoas seguravam uma cruz preta em protesto às 450 mil mortes por covid-19 no Brasil.

Ingrid Barros
INGRID BARROS

Em São Paulo mais de 80 mil pessoas foram a Paulista e caminharam em direção ao centro seguindo pela Avenida Consolação. Teve ato também em várias cidades do estado.

Roberto Parizotti
ROBERTO PARIZOTTI

Em Teresina, às ruas foram ocupadas por muitas vozes que clamam por auxílio emergencial digno, vacina para todos e todas, em defesa do SUS, pela vida, e por Fora Bolsonaro. Entre as pautas defendidas, também ficou marcado durante o ato a defesa da CHESF, e contra a privatização dos Correios.

 

 

Governo de Pernambuco se pronuncia sobre violência policial, mas não esclarece quem ordenou ação do Batalhão

Redação Brasil de Fato | Petrolina (PE) | 31 de Maio de 2021 

A repressão à manifestação do último sábado (29) em Recife (Pernambuco) segue gerando reações condenando a ação truculenta da Polícia Militar. Ao final do protesto, o Batalhão de Choque agiu com violência e abuso de poder ao dispersar a população com bombas, spray de pimenta e balas de borracha. 

O saldo foram quatro jovens negros detidos na Central de Flagrantes da Polícia Civil, uma parlamentar agredida, dois homens com perda de visão – que sequer participavam no ato. O pronunciamento do Governo de Pernambuco não esclareceu, até o momento, quem ordenou a ação do batalhão.

A violência da PM gerou indignação e foi repudiada através das redes sociais por parlamentares e pela sociedade civil. Gilmar Mendes, ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), afirmou através do Twitter que a ação causa imensa preocupação.

Movimentos populares e entidades sindicais também condenaram a ação truculenta da PM. A Central Única dos Trabalhadores (CUT), na representação do presidente Paulo Rocha, se pronunciou em vídeo, em que afirma que pronunciamento do governador é importante, porém inconcluso. Cita, ainda, outros episódios em que a polícia utilizou da força e violência contra a população, como o despejo de famílias em Amaraji (PE). 

“Por quê a PM estava com Batalhão de Choque na Guararapes, quando o ato, inclusive, estava encerrando? O problema é de antes. É a forma como a Polícia Militar tem tratado o movimento social”. Paulo Rocha afirma que para além do pronunciamento de repúdio, é necessário também nomes de quem mandou e quem executou cada ação truculenta. 

A Campanha Fora Bolsonaro também publicou nota em que questiona quem ordenou a violência policial. “Construímos um ato seguro com distanciamento social e demais cuidados de biossegurança, mas desde o início do ato fomos intimidados pela polícia”, diz a nota. Por fim, exigem imediata reparação da violência e apuração para destacar os responsáveis pela autorização. 

Saldo da ação

Daniel Campelo da Silva, de 51 anos, vive na zona oeste do Recife e foi atingido no olho esquerdo por uma bala de borracha disparada por um policial do Batalhão de Choque. Daniel, que trabalha com adesivagem de carros, não estava na manifestação; passava pelo local para comprar material de trabalho. Apesar de ter sido socorrido e encaminhado para a Fundação Altino Ventura (FAV), Daniel acabou perdendo o globo ocular. 


Daniel Campelo de Silva foi atingido por bala de borracha no olho e perdeu globo ocular / Foto: Instagram/@hugomunizzz

O outro trabalhador atingido por bala de borracha no olho foi Jonas Correira, de 29 anos. Jonas estava voltando para casa do Mercado São José, onde prestava serviço autônomo. Internado no Hospital da Restauração (HR), Jonas também está com a visão comprometida.

Pronunciamentos oficiais

No domingo (30), o Governo de Pernambuco determinou em nota pública que a Secretaria de Justiça e Direitos Humanos (SJDHPE) acompanhe a assistência médica aos dois feridos graves. Afirmou ainda que a Procuradoria Geral do Estado foi acionada para iniciar o processo de indenização aos atingidos. 

Ainda no sábado (29), o governador Paulo Câmara (PSB) fez um pronunciamento público em que afirma repudiar qualquer ato de violência e informou o afastamento do comandante da operação e dos envolvidos na agressão à vereadora Liana Cirne (PT), que permanecerão afastados enquanto durar a investigação da Corregedoria da Secretaria de Defesa Social. O Ministério Público de Pernambuco (MPPE) também publicou a portaria nº 009/2021-7ºPJ-DH que instaura inquérito civil para investigar violações de direitos humanos. 

O que diz a PM

Brasil de Fato entrou em contato com a Polícia Militar para cobrar um posicionamento. A resposta, no entanto, se limitou à: “A Polícia Militar informa que não irá se pronunciar. O Governador Paulo Câmara já fez o pronunciamento”.

Fonte: BdF Pernambuco

Edição: Monyse Ravena

Ação da Polícia Militar de Pernambuco é condenada por diferentes setores da sociedade – Foto: AgênciaJCMazella

 

 

 

“A oferta do Brasil como sede ocorre no pior momento de popularidade do presidente”, diz órgão da imprensa local

A Conmebol anunciou, nesta segunda-feira (31), que a Copa América vai ser realizada no Brasil. Ao fazer o anúncio, a entidade agradeceu ao presidente Jair Bolsonaro (sem partido). Com o país vivendo o colapso de seu sistema de saúde por conta da pandemia de coronavírus e com mais de 462 mil mortos pela doença, houve um choque em relação ao anúncio.

Antes, o torneio seria realizado na Colômbia e na Argentina. Porém, em 20 de maio, a Colômbia pediu para que a competição fosse adiada por conta da instabilidade no local, que passa por protestos. Mesmo com o pedido, a Conmebol decidiu excluir o país, e o campeonato continuaria a acontecer somente na Argentina.

No entanto, o governo argentino disse, no último domingo (30), que o evento estaria prejudicado na região, por conta do agravamento da pandemia. Sendo assim, até a manhã desta segunda, não existia uma nova sede. Porém, a Conmebol pediu que o campeonato fosse realizado no Brasil à Confederação Brasileira de Futebol (CBF), que conseguiu a autorização do governo Bolsonaro.

Na Argentina, a imprensa local comentou o ocorrido. O jornal Olé, por exemplo, questionou se Manaus iria sediar a Copa América mesmo com a variante da região, que preocupa as autoridades científicas por todo o mundo.

Já o Télam afirmou que a realização da competição no Brasil traz um alerta para uma terceira onda ainda mais letal. Sobre o presidente, o jornal diz: “A oferta do Brasil como sede alternativa ocorre no pior momento de popularidade do presidente Jair Bolsonaro, que no sábado recebeu as mais importantes manifestações contra ele desde o início da pandemia, exigindo sua renúncia ou impeachment”.


Agência de notícias argentina repercute a decisão de se realizar a Copa América 2021 no Brasil / Reprodução

O Página 12 disse que existem motivos para a decisão rápida pelo Brasil como sede: “Por um lado, a necessidade de não perder o faturamento dos direitos televisivos do concurso, que já haviam sido vendidos em 2020, sem a chance de oferecer nada em troca. De outro, o fato de ter todas as estrelas que brilham na Europa no continente, sem competições com suas equipes”.

Edição: Vinícius Segalla

 

Reprodução de tela do jornal Página 12, com reportagem sobre a realização da Copa América no Brasil – Reprodução

 

 

No último sábado, milhares de manifestantes se reuniram no Centro do Rio em defesa da vida e contra política genocida do presidente Bolsonaro. O Sintufrj esteve presente marcando posição e distribuindo cartazes, máscaras PFF2 e álcool em gel. Confira como foi: