Asfixia financeira torna dramática situação da UFRJ. E agora?

Compartilhar:

 

A UFRJ iniciou campanha em busca de doação para a recuperação do prédio da reitoria, atingido por um segundo incêndio em abril. Com arquitetura arrojada e galerias envidraçadas, o prédio – que chegou a ser premiado em bienal internacional – mostra sinais de abandono que traduzem o tamanho do drama financeiro da universidade.

A situação é tão grave que a reitora Denise Pires de Carvalho foi aos jornais anunciar que a maior universidade da rede de federais pode fechar as portas nas próximas semanas. Falta dinheiro para despesas básicas como luz, água, segurança e limpeza. A UFRJ não tem como continuar funcionando com o orçamento disponível.

Nesses tempos de pandemia é repetitivo insistir na importância da universidade pública para a sociedade. A experiência vivida por centenas de servidores da UFRJ revela impulso solidário que salva vidas nos nossos hospitais e a busca na ciência as alternativas em defesa da vida.

O movimento é desafiador para a UFRJ. Na história recente da instituição não há precedente da gravidade da situação imposta pela excrescência de um governo que despreza a ciência, a saúde pública, a cultura, as artes e todos os trabalhadores envolvidos no dia a dia da educação pública.

A campanha de doação para recuperar a joia arquitetônica que é o prédio da reitoria é também o momento de construirmos um vigoroso movimento de engajamento da comunidade universitária em defesa da universidade.

 

COMENTÁRIOS