Rejeição a Bolsonaro dispara e 51% dos brasileiros acham seu governo ruim e péssimo

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Desde que assumiu a presidência em 2019, Jair Bolsonaro só vem aumentando sua rejeição. Entre 11 e 12 de maio era de 45% e agora sobe para 51%.

Publicado: 08 Julho, 2021 – 17h51 | Última modificação: 08 Julho, 2021 – 18h12 | Escrito por: Redação CUT

EDSON RIMONATTO

Nem as bravatas de Jair Bolsonaro ( ex-PSL) dizendo que se não ganhar as eleições é porque houve fraude, tira do brasileiro o ânimo em dizer que votará em Lula. Diversas pesquisas publicadas nos últimos dias mostram o ex-presidente à frente de todos os seus possíveis adversários, inclusive, com possibilidade de ganhar a eleição de 2022, já no primeiro turno.

Para piorar o inferno astral do ex-capitão do Exército, a  rejeição ao seu governo só aumenta. A pesquisa Datafolha, publicada na tarde desta quinta-feira (08), mostra que 51% dos brasileiros consideram seu governo ruim e péssimo. A última pesquisa de 11 e 12 de maio deste ano apontava 45% de rejeição. Já este levantamento do Datafolha, presencialmente, foi feito nos dias 7 e 8 de julho com 2.074 pessoas acima de 16 anos em 146 municípios. A margem de erro é de dois pontos percentuais, para mais ou menos.

Segundo a pesquisa, a rejeição aumentou entre os que antes o consideravam regular.  Neste estrato caiu de 30% para 24%, comparando com o levantamento de maio.

A análise é que os recentes protestos nas ruas e as denúncias de corrupção nos casos das vacinas tenham ajudado a abrir os olhos da população sobre o governo Bolsonaro.

Parte do seu eleitorado continua fiel e desde março os que têm avaliação positiva de Bolsonaro se mantem em 24%. Ainda assim ele segue sendo o presidente com a segunda pior avaliação num primeiro mandato. Ele só perde para Fernando Collor, que tinha 68% de ruim/péssimo. O resultado da rejeição dos brasileiros foi a sua renúncia em 1992.

Rejeição por grupos socioeconômicos

Os mais ricos continuam apoiando o capitão. A rejeição diminuiu seis pontos  entre quem ganha de 5 a 10 salários mínimos e cinco, entre os que ganham mais de 10 salários.

Empresários seguem sendo o único grupo (de apenas 2% da amostra) em que Bolsonaro goza de apoio maior do que rejeição: 49% o consideram ótimo ou bom.

Entre os que ganham até 2 salários, que compõem 57% da população, a rejeição alo presidente subiu 9%, de 45% para 54%.

Avaliação por regiões

No Norte/Centro-Oeste (15% da amostra), Bolsonaro é visto com um presidente ótimo ou bom por 34%. No Sul (15% da amostra), por 30%.

No Nordeste sua rejeição chega a impressionantes 60%. Um crescimento também de 9%. Subiu de 51% para 60%.

Avaliação por gênero, religião e faixa etária

As mulheres e os jovens de 16 a 24 anos tem avaliação negativa de Bolsonaro em 56%. Pessoas com ensino superior e os mais ricos também empatam na rejeição, com 58%.

Já seu desempenho é visto como mais positivo por quem tem mais de 60 anos (32% de ótimo ou bom), mais ricos (32%) e entre quem ganha entre 5 e 10 mínimos (34%).

Entre os evangélicos que representam 24% da amostra do Datafolha, a sua rejeição cai para 34% e a aprovação sobe para 37%.

Bolsonaro é rejeitado por 72% dos homossexuais e bissexuais (8% da amostra, dividida igualmente entre os dois grupos).

Os pretos tem maior rejeição a Bolsonaro (57%), com certa homogeneidade entre os demais grupos (brancos, pardos e amarelos).

Com informações da Folha de São Paulo

 

 

 

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