EXCLUSIVO: Vacinação na UFRJ imuniza mais de 6 mil trabalhadores e estudantes

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Até esta quarta-feira, 7, aproximadamente 6.100 profissionais e estagiários da área de saúde da UFRJ haviam sido vacinados nos pontos de vacinação no Fundão. 

Desse total, cerca de 4.300 pessoas já completaram as duas doses de CoronaVac. As demais, 1.720, receberam a primeira dose de AstraZeneca e serão chamadas para completar o esquema no CTD, entre 19 de julho e 2 de setembro.

A informação é da coordenadora do Centro de Triagem Diagnóstica para a Covid-19 da UFRJ (CTD-Covid19) e chefe do Departamento de Doenças Infecciosas e Parasitárias da Faculdade de Medicina, Terezinha Marta Castiñeiras

Os pontos de vacinação foram criados pelo Centro de Ciências da Saúde (CCS), onde também houve a vacinação, além de no Hospital Universitário Clementino Fraga Filho (HUCFF) e no  Instituto de Puericultura e Pediatria Martagão Gesteira (IPPMG). 

Percentual de vacinados é alto no HUCFF

“A imunização favorece fatores como a produtividade, porque o profissional se sente mais seguro em estar exposto no ambiente hospitalar e estão voltando ao trabalho presencial. Hoje, o HUCFF está praticamente 100% vacinado”, afirma Marcos Freire, diretor-geral da unidade hospital.

“Tem gente que ainda não tomou por questões pessoais e outros optaram por tomar fora da UFRJ”, acrescentou.

A assessoria de imprensa informou que dados de maio relacionados à vacinação dão conta de que dos três mil profissionais do HUCFF, 1.982 já estão imunizados com as duas doses, 858 com uma dose e 160 não buscaram o Serviço de Saúde do Trabalhador (Sesat) para se vacinar.

Imunização desde janeiro

A partir de 21 de janeiro, em parceria com o Centro de Vacinação de Adultos da Divisão do Trabalhador (CVA-CPST), o Centro de Triagem Diagnóstica iniciou a vacinação para os profissionais da área da saúde, no CCS. 

“Seguindo as determinações do Ministério da Saúde e da Secretaria Municipal de Saúde do Rio de Janeiro, a vacinação foi iniciada dando prioridade aos profissionais e estagiários que estavam em atividade presencial direta no HUCFF, IPPMG, CTD e nos laboratórios do CCS, que trabalham com materiais biológicos obtidos de indivíduos potencialmente infectados com SARS-CoV-2, no CCS”, lembra Terezinha Castãneiras. Ela acrescentou que a estratégia de vacinação se baseou em critérios técnicos ligados à exposição ocupacional.

Além das equipes diretamente envolvidas no atendimento de pacientes das unidades hospitalares, no Fundão, foram chamados para serem vacinados – de acordo com bases racionais e científicas, segundo a docente –, equipes de profissionais e estagiários de laboratórios que preenchiam critério de risco de exposição, “seja em decorrência do recebimento direto de materiais biológicos coletados no CTD, seja pelas informações registradas no Setor de Biossegurança do CCS”, informou.

Segundo etapa – Ainda seguindo a estratégia traçada pelo Ministério e voltada para a área da saúde, na segunda etapa foi realizada a vacinação complementar para os profissionais e estagiários em atividades presenciais relacionadas direta ou indiretamente ao enfrentamento da pandemia de Covid-19. 

Positividade alta – Segundo Terezinha, a partir de maio foi observada uma redução no número absoluto de atendimentos no CTD, mas a positividade para a doença ainda está elevada (maior que 20%): a carga viral estimada é alta nos infectados e foram registrados casos em vacinados.

Objetivo é reduzir formas graves

“É importante ressaltar que a vacinação tem como principal objetivo reduzir as formas graves e óbitos por Covid-19, efeito que é possível perceber pela redução de internações e óbitos nas pessoas com idade mais avançada, cuja cobertura vacinal foi mais ampla no município do Rio de Janeiro como um todo”, constata especialista. 

Devido ao impacto da vacinação em impedir à infecção seja  discreto, Terezinha destaca “a relevância de se manter as medidas de precaução respiratória e distanciamento social para frear a transmissão, enquanto ainda resta um percentual substancial de indivíduos não vacinados ou incompletamente vacinados”. 

 

 

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