Novos equipamentos e mão de obra foram doados pelo Sintufrj 

Finalmente os servidores, prestadores de serviços e usuários do Hospital Universitário Clementino Fraga Filho (HUCFF) já dispõem dos banheiros (feminino e masculino) no 1º andar da unidade (próximos aos elevadores), que se encontravam interditados há muito tempo por falta de condições mínimas de uso.  

A obra de reforma, os novos equipamentos e a mão de obra foram doados pelo Sintufrj, numa iniciativa visando o bem-estar e a comodidade principalmente dos trabalhadores da unidade, que não mediram esforços para salvar vidas e amenizar sofrimentos nos momentos mais cruéis da pandemia.

Os banheiros, tanto os masculinos como os femininos, foram totalmente recuperados e reequipados: ganharam novos vasos sanitários, mictórios, pias, chuveiros, boxes e armários com chaves para os trabalhadores guardarem seus pertences. 

 

 

 

Com 55,8% dos votos, Boric é o presidente eleito mais jovem da história chilena; posse ocorre em março

Michele de Mello | Brasil de Fato | São Paulo (SP) | 
Gabriel Boric foi eleito com a maior votação da história do Chile e se tornará presidente mais jovem do país – Martin Bernetti /AFP

Gabriel Boric foi eleito com a maior votação da história do Chile, 4.620.671 votos, e aos 35 anos torna-se o presidente mais jovem da história do país. O resultado contundente não pode ser ocultado sequer pela imprensa tradicional chilena, que amanheceu nesta segunda (20) com manchetes que falam na consolidação de uma “revolução” nas urnas, fazendo referência à relação de Boric com o processo constituinte em curso.

A votação do último domingo também surpreendeu ao superar em participação o plebiscito popular pela constituinte, com um total de 8.364.534 votos, cerca de 55% do eleitorado. 

A presidenta da Convenção Constitucional do Chile, a líder mapuche Elisa Loncon, celebrou a vitória dizendo “em conjunto, o caminho para a Nova Constitituição se abre com dignidade, justiça, ternura, plurinacionalidade e respeito às nossas diferenças”.

No seu primeiro discurso após a confirmação da vitória, o ex-deputado pela região de Magallanes iniciou sua saudação em língua mapuche e agradeceu os apoios de ex-candidatos, assim como o gesto de reconhecimento da derrota de seu oponente, José Antonio Kast, afirmando que irá criar “pontes de trabalho” para tornar-se um presidente de “todas e todos chilenos”.

“Sou herdeiro de uma longa trajetória histórica. No nosso governo o povo entrará a La Moneda [sede do governo]. Vai ser um governo com os pés na rua, no qual as decisões não se tomarão em quatro paredes, mas em conjunto com as pessoas”, declarou o mandatário recém eleito.

Principais ruas da capital Santiago de Chile foram tomadas por uma festa popular após vitória de Gabriel Boric / Javier Torres /AFP

Ainda no domingo, o candidato de extrema direita, José Antonio Kast, também reconheceu o resultado e afirmou que buscará uma colaboração construtiva. A Frente Social Cristã, União Democrática Independente e o partido Renovação Nacional já anunciaram que irão iniciar diálogo para formar uma plataforma opositora no Congresso. A direita obteve 84 do total de 155 deputados e metade das 50 cadeiras do Senado.

Nesta segunda-feira (20), às 14h (hora local) Boric irá reunir-se com o atual chefe de Estado, Sebastián Piñera, para instalar mesas de transição de gestão. A posse do novo presidente acontecerá no dia 11 de março de 2022. “Todos esperamos que faça um ótimo governo”, declarou Piñera ao felicitar seu sucessor.

Em 2017, Sebastián Piñera havia batido o recorde de votação com 3.790.397 votos no segundo turno. Agora deixa o governo com 68% de desaprovação popular, segundo levantamento do Centro de Estudos Públicos (CEP).

Nos próximos dois meses, Gabriel Boric deverá anunciar sua equipe de governo. Durante as eleições o candidato progressista havia se comprometido a manter a paridade de gênero em seu gabinete, seguindo os passos da ex-presidenta Michelle Bachelet.

Povo chileno celebrou nas ruas vitória sobre candidato considerado “Bolsonaro chileno” com cartazes “não mais ditadura” / Mauro Pimentel / AFP

Repercussão internacional 

Além do reconhecimento nacional, também houve felicitações de líderes políticos da América Latina e do mundo. Uma das expectativas para o novo governo é uma política exterior que fortaleça o multilateralismo e priorize melhores relações com os vizinhos latino-americanos.

O ex-presidente Lula da Silva celebrou “Fico feliz por mais uma vitória de um candidato democrata e progressista na nossa América Latina, para a construção de um futuro melhor para todos.”

O argentino Alberto Fernández também comentou: “devemos assumir o compromisso de fortalecer os laços de irmandade que unem nossos países, trabalhar unidos para a região e acabar com a desigualdade na América Latina”.

O uruguaio Luis Lacalle Pou desejou êxitos ao povo chileno e ao presidente eleito. O panamenho Nito Cortizo disse “esperamos seguir trabalhando juntos pelo desenvolvimento das nossas nações”.

Já o presidente da Venezuela Nicolás Maduro publicou: “saúdo o povo de Salvador Allende e de Victor Jara por sua contundente vitória sobre o fascismo”. Enquanto o cubano Miguel Díaz Canel reiterou sua “vontade de ampliar as relações bilaterais e de cooperação com o governo e povo do Chile”.

O peruano Pedro Castillo disse “a sua vitória é do povo chileno e a compartilhamos entre todos os povos latino-americanos que queremos viver com liberdade, paz, justiça e dignidade. Sigamos lutando pela unidade das nossas nações”, afirmou.

Há expectativa de que o governo de Boric retome a diplomacia com a Bolívia, após 43 anos de relações rompidas. O presidente boliviano Luis Arce celebrou o resultado do país vizinho.

“A democracia latino-americana se fortalece com base na unidade, respeito e principalmente vontade de nossos povos”, declarou. O ex-presidente Evo Morales também felicitou Boric em suas redes sociais.

O presidente Jair Bolsonaro, apoiador de Kast, foi o único mandatário a não se pronunciar sobre o resultado do segundo turno no Chile.

O representante de Política Exterior da União Europeia, Josep Borrell felicitou Boric em nome do bloco e assegurou “esperamos fortalecer ainda mais nossas relçaões como futuro governo do Chile”.

O ex-prefeito de Londres e líder do partido trabalhista britânica, Jeremy Corbyn riterou que é uma vitória de “esperança e mudança”.

Edição: Arturo Hartmann

 

Informação é do UOL e confirma que Bolsonaro quer fazer uma reforma Trabalhista mais profunda do que a de Temer, como prometeu durante a eleição de 2018

Publicado: 17 Dezembro, 2021 – Escrito por: Redação CUT

REPRODUÇÃO/ARTE: VITOR TEIXEIRA

O governo de Jair Bolsonaro (PL) quer acabar com o pagamento da multa de 40% do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) e com o seguro-desemprego pagos aos aos trabalhadores demitidos sem justa causa.

Pela proposta, as empresa continuarão fazendo o depósito do FGTS, mas não pagarão mais o valor ao trabalhador, mas sim ao governo

As mudanças na legislação trabalhista foram prometidas por Bolsonaro a empresários durante as eleições de 2018, quando ele disse que ia aprofundar a reforma Trabalhista promovida pelo ilegítimo Michel Temer (MDB), que acabou com 100 itens da Consolidação das Leis do Trabalho CLT). 

De acordo com o UOL, o governo encomendou um estudo para essa nova reforma Trabalhista ao Grupo de Altos Estudos do Trabalho (Gaet ), formado por economistas, juristas e acadêmicos, em 2019, por iniciativa do ministro da Economia, o banqueiro Paulo Guedes.

O grupo propôs uma série de mudanças nas regras de pagamento de verbas ao trabalhador demitido sem justa causa, ignorando que o país vem registrando altas taxas de desemprego e de trabalho precário, o que tende a piorar e muito com a recessão.

Além do fim do pagamento da multa de 40% do FGTS, os técnicos sugeriram unificar o Fundo e o seguro-desemprego.

Como funciona hoje o FGTS

As empresas depositam 8% por mês em uma conta do FGTS em nome do trabalhador.

O dinheiro só pode ser sacado em casos de demissão sem justa causa, para a compra da casa própria, ao se aposentar ou se tiver uma doença grave.

Quando é demitido sem justa causa, a empresa tem de pagar também 40% sobre o saldo no FGTS.

O que muda se a proposta for aprovada, segundo apuração do repórter Fabrício de Castro, do UOL.

Seguro-desemprego

O benefício deixaria de ser pago após a demissão. Os recursos do programa passariam a ser depositados pelo governo no fundo individual do trabalhador (FGTS) ao longo dos primeiros 30 meses de trabalho. Depois disso, não haveria mais depósitos.

Recursos

O dinheiro a  ser depositado pelo governo no fundo do trabalhador seria o equivalente a 16% do salário para quem ganha até um salário mínimo (hoje, R$ 1.100). Porém, quanto maior o salário, menor o porcentual a ser depositado.

FGTS

As empresas continuariam depositando todo mês o equivalente a 8% do salário do trabalhador no fundo. Só que o fundo receberá o reforço dos depósitos do governo vindos do antigo seguro-desemprego (16% para quem recebe um salário mínimo).

Multa de 40% do FGTS

Em caso de demissão sem justa causa, a empresa não pagará mais o valor ao trabalhador, mas sim ao governo. Esses recursos ajudariam a bancar as despesas do governo com o depósito de até 16% nos primeiros 30 meses do vínculo empregatício.

Saques do FGTS

Pela proposta, seria estabelecida uma referência para retirada dos recursos. O Gaet cita o parâmetro de 12 salários mínimos. Os valores acima disso poderiam ser sacados pelo trabalhador a qualquer momento.

Demissão

No desligamento sem justa causa, o trabalhador poderia retirar a parte do FGTS que havia ficado presa (até 12 salários mínimos). No entanto, isso seria feito gradativamente, por meio de saques mensais limitados. Para quem recebia um salário mínimo, o saque mensal seria neste valor.

 

 

Mesmo com aval da Anvisa, de que o imunizante da Pfizer é previne estágios graves da Covid, Bolsonaro e o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, criam polêmicas sobre o uso, deixando em risco a vida de crianças

Publicado: 20 Dezembro, 2021 – 11h21 | Última modificação: 20 Dezembro, 2021 – 17h27 | Escrito por: Redação CUT

BRENO ESAKI/AGÊNCIA SAÚDE DF

Enquanto lá fora, em países como Estados Unidos, Austrália e os países da Europa já deram um passo importante para a imunização de crianças a partir de cinco aos de idade, autorizando a vacina da Pfizer, o governo negacionista de Jair Bolsonaro (PL) continua tumultuando o combate ao coronavirus no Brasil e permitindo que as vidas de brasileiros e brasileiras continuem em risco. O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, afirmou no sábado (18) que a decisão do governo sobre a vacinação em crianças de 5 a 11 anos será feita, apenas, em 5 de janeiro

De acordo com um levantamento do UOL feito com informações do Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM), desde o início da pandemia já morreram 1.148 crianças de até 9 anos pela Covid-19. O número é maior do que o total de mortes por doenças que podem ser prevenidas com vacinas no período de 2006 a 2020.

A Anvisa garante a segurança do uso da vacina da Pfizer em crianças e afirma que há evidências científicas de que o imunizante pode ser eficaz na prevenção de doenças graves causadas pelo coronavírus, mas mesmo assim, Queiroga, seguindo a mesma conduta de do presidente, questiona e trava o processo de liberação.

O ministro disse, no sábado (18), que a autorização concedida pela Agência de Vigilância Sanitária (Anvisa) na última quinta-feira (16) não é suficiente para viabilizar a vacinação desse grupo e que é necessário fazer um debate com a sociedade.

“Quantos dias faltam em 2021? Vocês acham que têm? Quanto tempo a Anvisa demorou para dar um posicionamento sobre as doses? É preciso ser feita uma análise. A avaliação da Anvisa é uma avaliação, a avaliação feita pela Câmara Técnica do Ministério é outra avaliação. O Ministério vai discutir amplamente esse assunto com a sociedade”, disse o ministro.

Enquanto isso, Bolsonaro continua inflamando os ânimos de seus apoiadores e criando polêmicas acerca da vacinação. Em uma clara ameaça de retaliação, em suas redes sociais, na quinta-feira (16), o presidente disse ter pedido o nome dos integrantes da Anvisa responsáveis pela aprovação da vacina para crianças.

“Nós queremos divulgar o nome dessas pessoas. A responsabilidade é de cada um. Mas agora mexe com as crianças, então quem é responsável por olhar as crianças é você, pai”, afirmou. Bolsonaro disse ainda, neste domingo (19) que “não se sabe os efeitos adversos e é inacreditável o que a Anvisa fez.

Vacina salva vidas

Em entrevista ao Uol, o ex-presidente da Anvisa, Gonzalo Vecina, rechaçou as declarações de Bolsonaro. “O que ele falou é inacreditável. Os Estados Unidos, a União Europeia, a Inglaterra, Austrália, esses países todos e muitos outros já aprovaram a vacina da Pfizer para crianças. O país vai ser de novo o único a não aprovar a vacina da Pfizer? É inexplicável”, disse Vecina

Vecina ainda afirmou que, por causa da atuação do governo, os brasileiros estão sendo cerceados no interesse de proteger a saúde das crianças e da comunidade.

“Esse sujeito, o presidente da República, junto com seu ministro da Saúde, que é um médico, está patrocinando essa mortandade. Uma criança morta é inaceitável”, disse Vecina.

Com apoio de agências e do Brasil de Fato