Apesar do presidente ter dito que vai cumprir a lei que manda reajustar o piso de acordo com o índice de inflação, direção da CNTE diz que a luta continua

Publicado: 27 Janeiro, 2022 – 13h47 | Última modificação: 27 Janeiro, 2022 – 15h32 | Escrito por: Redação CUT | Editado por: Marize Muniz

PEDRO RIBAS / ANPR

No Jornal Brasil Atual, Ministério da Educação se posiciona contra o reajuste de 33% dos professores da ensino básico

Aluguel e gás encanado foram dois dos itens que mais subiram em janeiro, de acordo com o IBGE – Reprodução

No primeiro mês do ano, a “prévia” da inflação oficial subiu menos, mas segue acima dos 10% acumulados. Segundo o IBGE, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15) variou 0,58%, ante 0,78% tanto em dezembro como em janeiro de 2021. Agora, soma 10,20% em 12 meses.

De acordo com o instituto, que divulgou os dados nesta quarta-feira (26), oito dos ove grupos que compõem o indicador tiveram alta em janeiro. A exceção foi Transportes: -0,41%. Depois de muito tempo, caiu (-1,78%) o preço da gasolina, além do etanol (-3,89%). A queda na gasolina teve impacto de -0,12 ponto percentual no resultado do mês. O preço médio das passagens aéreas também recuaram, -18,21%, com novo impacto de -0,12 ponto.

Por outro lado, subiram os preços de automóveis novos (1,90%) e do item emplacamento e licença (1,70%), que inclui o IPVA. O IBGE apurou ainda alta no seguro (3,25%) e no aluguel de veículos (12,94%). O custo do táxi variou 0,21%, com reajuste de 9,75% nas tarifas no Rio de Janeiro.

Café e carne mais caros

No grupo Alimentação e Bebidas, que subiu 0,97%, o item alimentação no domicílio passou de 0,46%, em dezembro, para 1,03.%. Entre os produtos que subiram mais estão cebola (17,09%), frutas (7,10%), café moído (6,50%) e carnes (1,15%). Caíram, na média, os preços de batata inglesa (-9,20%), arroz (-2,99%) e leite longa vida (-1,70%). Comer fora ficou 0,81% mais caro, ante 0,08% no mês anterior: o lanche foi de -3,47% para 1,25% e a refeição, de 1,62% para 0,63%.

Já em Saúde e Cuidados Pessoais (0,93%), destaque para itens de higiene pessoal, com alta de 3,79%. O custo com plano de saúde recuou 0,69%.

Em Habitação (alta de 0,62%), o aluguel residencial subiu 1,55% e representou impacto de 0,06 ponto no índice de janeiro. O gás encanado aumentou 8,40%, com reajuste em São Paulo. E a energia elétrica variou 0,03%, menos do que a taxa de água e esgoto (0,28%), que teve reajuste aplicado em Salvador.

Aumento em todo país

A maior alta entre os grupos foi de Vestuário, com 1,48%. As roupas masculinas subiram 2,35%, impacto de 0,02 ponto. As femininas aumentaram 1,19% e calçados e acessórios, 1,20%. Por fim, em Artigos de Residência (1,40%), destaque para eletrodomésticos e equipamentos (2,26%), além e itens de mobiliário (2,04%). Ambos representaram 0,02 de impacto.

A chamada “prévia” subiu em todas as áreas pesquisadas. Variou de 0,19% (Brasília) a 1,08% (Salvador), somando 0,58% na região metropolitana de São Paulo. Em 12 meses, o IPCA-15 vai de 8,89% (Rio) a 12,80% (Curitiba). Atinge 9,77% e supera os dois dígitos também em Fortaleza, Goiânia, Porto Alegre, Recife e Salvador.

 

 

Adiamento do retorno presencial

Além da proposta aprovada de mobilização para campanha salarial e da transferência do ponto sobre controle de frequência para nova assembleia dia 1º, foi aprovado também o pedido à Reitoria, levado pelo Sintufrj, de adiamento do prazo para retorno ao trabalho presencial por mais 15 dias, além daquele anteriormente estabelecido pela administração (31 de janeiro).

O ofício já foi encaminhado à Reitoria:

Calendário imediato de reuniões nos locais de trabalho terá, entre pontos de pauta, campanha salarial e greve dos servidores públicos federais, além de organização do trabalho, ponto eletrônico e fora Ebserh!

Os trabalhadores da UFRJ reunidos em Assembleia Geral do Sintufrj, em ambiente virtual, nesta quinta-feira, 27 – que teve como pontos de pauta, conjuntura, greve, campanha salarial e ponto eletrônico –, aprovaram a seguinte proposta:

1) Que a Fasubra construa com as demais entidades audiências com os presidentes da Câmara dos Deputados, do Senado, do Superior Tribunal de Justiça (STJ), e do Supremo Tribunal Federal (STF), para apresentar a pauta de reivindicações protocolada pelo Fórum das Entidades Nacionais dos Servidores Públicos Federais (Fonasefe) e expressar a indignação existente entre os Servidores Públicos federais (SPFs), particularmente os das Instituições Federais de Ensino Superior (IFEs), com a aprovação desse orçamento criminoso .

 2) Que a Fasubra elabore urgentemente uma análise do orçamento publicado no D.O. de 24/01/2022 e apresente para o conjunto da categoria em todo o país.

 3) Que a Fasubra, juntamente com o Fonasefe, construa urgentemente uma campanha de denúncia a respeito do orçamento a ser divulgada nos vários meios de comunicação (jornais, TV, redes sociais) alertando a população sobre a vergonhosa escolha feita pelo governo. Sem saúde, sem educação, sem ciência. Dinheiro do povo usado contra o povo.

 4) Que se construa um calendário de lutas nos moldes da luta contra a PEC 32 com pressão em Brasília e nos estados sobre os parlamentares, atos nas datas do encontro com os presidentes da Câmara, do Senado e do STF.

 5) Que se mantenha rodadas de AGs nas IFEs mobilizando a categoria em nível nacional, intensificando dias nacionais de luta, avaliando o desenrolar do movimento e a radicalização das formas de luta caso se faça necessário.

6) Que os setores jurídicos das entidades nacionais de SPFs  elaborem ações junto ao STF sobre a discriminação em relação ao reajuste salarial dos servidores públicos federais.

7) Que seja aprovado o estado de mobilização permanente na base da Fasubra.

 8) Que a Fasubra retome o debate nacional sobre a reorganização do trabalho e a jornada de 30 horas.

9) Pela derrubada da Reforma Trabalhista, retomada do desenvolvimento industrial e geração de empregos para os trabalhadores e trabalhadoras brasileiros, pela derrubada do teto de gastos e investimentos para tirar o povo da miséria e da fome.

 10) Caravana Nacional de 16 de março (o Sintufrj deve ter a perspectiva de dois ônibus, avaliando o quadro pandêmico).

11) calendário imediato de reuniões nos locais de trabalho tendo como pauta:

. campanha salarial e greve dos SPFs;

. Organização do trabalho no novo cenário a partir da pandemia (incluindo a discussão das 30 horas);

. ponto eletrônico;

. fora Ebserh.

Nova assembleia terça, dia 1º às 10h discute ponto eletrônico

A categoria aprovou transferir a discussão sobre o último item da pauta, ponto eletrônico, para uma nova assembleia, diante da necessidade de tempo para uma discussão mais aprofundada. Foi marcada para a próxima terça-feira, dia 1º às 10h. Na pauta, ponto eletrônico, trabalho externo e reorganização do trabalho.