Mobilização dos servidores no Rio

Compartilhar:

Sem reajuste há cinco anos, o funcionalismo público iniciou 2022 em campanha pela recomposição salarial emergencial de 19,99%, referente às perdas nos três anos de governo Bolsonaro — Ele só acena em dar aumento para os trabalhadores da segurança, sua base de apoio.

Uma agenda de atividades unificadas está em curso visando deflagração de uma greve nacional, mas ainda não há uma data certa para isso, por conta do grau de mobilização das categorias, avaliam o Fonasefe (Fórum das Entidades Nacionais dos Servidores Públicos Federais), do qual a Fasubra faz parte, e o Fórum Nacional das Carreiras Típicas do Estado (Fonacate).   

No dia 16 de março houve paralisação nacional com atos nas capitais e um indicativo de greve para esta quarta-feira, 23, mas foi retirado. O que foi construído para esse momento é mobilização intensa em Brasília na próxima semana, nos dias 28, 29, 30, e 31 de março, pois tem reunião marcada com o governo no dia 1 de abril.

Greves e paralisações

A adesão ao movimento paredista tem sido diferenciado. Nas universidades federais de todo o país o grau de mobilização dos servidores é diverso, como no Rio de Janeiro, e a maioria das entidades de base convocou atos para o dia 23 de março. 

Os técnico-administrativos em educação da UFRJ não aderiram à greve e decidiram participar das paralisações já programadas. Nesta quarta-feira, 23, tem ato pela manhã no Hospital Universitário Clementino Fraga Filho (HUCFF). 

Na Universidade Federal Fluminense (UFF) a greve foi aprovada, mas devido à mudança no calendário de lutas da Fasubra, os técnico-administrativos suspenderam o movimento grevista.  

Na Universidade Rural, a categoria fará paralisação de 24 horas com ato político pela manhã. Na Unirio segue o calendário oficial da Fasubra e do Fonasefe, e a assembleia decidiu reforçar o ato em Brasília a partir de 28 de março.

Os trabalhadores do Instituto Nacional de Seguro Social (INSS) entram em greve a partir desta quarta-feira, 23. Os funcionários do Banco Central seguem de braços cruzados, segundo o sindicato nacional da categoria. Eles cumprem agenda de paralisações que impacta no monitoramento do sistema de pagamentos. Auditores da Receita Federal realizam operação-padrão.

Avaliações

“Nas duas assembleias deliberamos por entrar em greve por tempo indeterminado, conforme havia sido indicado pela Fasubra. Mas, o calendário foi desmontado pela Federação e pelo Fonasefe”, lamentou a dirigente do Sintuff, Alessandra Primo.

“Não vai haver mais greve. O Fonasefe recuou porque não conseguiu mobilizar as categorias. E o governo, através da Secretaria de Trabalho do Ministério da Economia, chamou o Fonasefe e a Fasubra para conversar, nesta terça, 22, mas não deu em nada. Remarcaram para 1º de abril”, disse Oscar Gomes, representante técnico-administrativo da Associação dos Trabalhadores em Educação da Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (Asunirio) no Conselho Universitário.

 

COMENTÁRIOS