Expediente nesta sexta-feira, 6 de maio, na sede e subsedes do Sintufrj, excepcionalmente se encerrará às 13h. 

A conquista do piso nacional pelos profissionais de enfermagem –  o PL foi aprovado nesta quarta-feira, 4, pela Câmara dos Deputados –, é uma importante vitória da categoria depois de 30 anos de muita luta dos profissionais e seus sindicatos, em todo o país. Mas, não se aplica aos trabalhadores da área que fazem parte do Plano de Carreira dos Cargos Técnico-Administrativos em Educação (PCCTAE).

“Nós já temos piso. A tabela do PCCTAE abaixo mostra que enfermeiros (as), técnicos e auxiliares de enfermagem estão agrupados no grupo E (nível superior) — sem incentivo à qualificação e capacitação, e tempo de serviço –, cujo salário inicial em 2017, último ano que tivemos reajuste, era R$ 4.100,00”, explica a coordenadora-geral do Sintufrj, Gerly Miceli, técnica em enfermagem do IPPMG (Instituto de Puericultura e Pediatria Martagão Gesteira).

“Somos técnico-administrativos em educação, temos 301 cargos agrupados em níveis de classificação superior, mas essa conquista  é muito importante para todos nós da enfermagem na UFRJ”.

“Uma vitória mais que justa e que vai pôr fim a bandalheira de prefeitos e governadores acostumados a pagar o que bem quisessem aos enfermeiros, técnicos e auxiliares de enfermagem. Houve um tempo, inclusive, que esses profissionais no Rio de Janeiro recebiam complementação salarial porque ganhavam menos que um salário-mínimo mensal. Também impedirá que os empresários de saúde explorem essa mão de obra tão essencial à sociedade”, destacou Gerly.

Foram três décadas de mobilizações e lutas até a conquista do piso nacional – espera-se que o governo Bolsonaro sancione a lei e admita que há recursos para pagar os profissionais.

Paralisação no dia 18 de maio com realização de assembleias simultâneas nos campi do Fundão, Praia Vermelha e Macaé foi decidido pela categoria presente na assembleia-ato no salão nobre do IFCS (Instituto de Filosofia e Ciências Sociais), em 28 de abril. Com essa agenda, tem início uma nova etapa da luta pela recomposição emergencial salarial de 19,99%, que inclui a construção de uma greve, além de mobilizar para o enfrentamento da pauta interna na UFRJ.

Os técnico-administrativos também decidiram pela criação de uma comissão com participação da atual direção do Sintufrj e dos eleitos para a nova gestão, e de servidores da base da categoria. Objetivo: definir prioridades da pauta interna a ser negociada com a Reitoria.

A comissão deverá pôr em discussão nas reuniões por local de trabalho, os pontos da campanha salarial unificada e as questões internas da universidade. O fortalecimento pelo #forabolsonaro continuará como agenda constante.

Luta salarial e interna

A luta salarial foi o foco da assembleia-ato, que foi marcada pelo  consenso entre as forças que atuam no movimento dos trabalhadores na universidade. A mesa que conduziu a reunião foi formada pelos coordenadores atuais do Sintufrj, Neuza Luzia e Jessé Mendes, pelo coordenador da diretoria que assume em 25 de maio, Esteban Crescente, e pela representante da Fasubra, Val Ribeiro.

Em relação à pauta interna, foram listados a resistência a adesão à Ebserh, ponto eletrônico, implantação do trabalho externo,  condições adequadas para o retorno em segurança e melhoria das condições de infraestrutura da universidade.

Unidade

A primeira assembleia-geral dos servidores da UFRJ após a eleição da nova direção transcorreu num clima de unidade, visando o fortalecimento da luta do funcionalismo pela recomposição salarial e com vistas a greve, a mobilização da base  nos seus locais de trabalho e ao avanço da campanha Fora Bolsonaro!