Ato por Justiça para Bruno, Dom Phillips e Maxciel foi realizado nesta quinta-feira, 23, no Buraco do Lume, centro do Rio.  A manifestação foi nacional, realizada nas seções da Fundação Nacional do Índio (Funai) nos estados. No Rio, a organização foi do Sindsep-RJ (Sindicato Intermunicipal dos Servidores Públicos Federais Municipais do Rio de Janeiro) e Núcleo de Base do Museu do Índio, com apoio do Sintufrj.

O objetivo foi fortalecer a mobilização nacional em defesa da Fundação Nacional do Índio (Funai) e de seus servidores, ameaçados de morte todos os dias. Neste dia os trabalhadores da Funai fizeram greve de 24 horas exigindo justiça para o assassinato de Bruno, Dom e Maxciel. O Sindsep-RJ divulgou manifesto em defesa da Funai e de seus servidores.

O manifesto exigia punição aos culpados, condições mínimas de trabalho e segurança comproteção aos indigenistas, e a demissão do presidente da fundação, Marcelo Xavier, declaradamente associado à mineração e ao agronegócio, principais inimigos dos povos originários. Este, há três anos vem promovendo uma política anti-indigenista que desestruturou o órgão e o aparelhou com militares.

A direção do Sintufrj participou do ato. Falou em nome da entidade, o coordenador-geral Esteban Crescente, que responsabilizou o governo Bolsonaro pelos assassinatos:

“É importante dizer que Bolsonaro e seu governo têm responsabilidade nessas mortes. Pecaram por passividades e omissão. Minaram a defesa daquelas pessoas que foram assassinadas. Nos últimos quatro anos a Funai vem sendo desmontada, o orçamento tem sido cortado, os dirigentes que são sérios que fazem a fiscalização, que atacam o garimpo ilegal, que atacam a exploração ilegal das terras indígenas, estão sendo exonerados. No seu lugar estão sendo colocados membros do alto escalão das forças armadas que nada entendem sobre a questão dos povos indígenas. Para piorar Bolsonaro defende o armamento para a população incentivando assim garimpeiros ilegais”.

Esteban saudou a coragem de servidores e indígenas e destacou o compromisso da entidade com a luta por justiça para Bruno, Dom e Maxciel .

“Temos que saudar aqueles que com muito esforço estão fazendo autodefesa agora no Vale do Javari, os companheiros da Univaja, que inclusive foram fundamentais na busca dos corpos de Dom e Bruno. Pois o governo que tem estrutura se nega a defender a vida dos indígenas. A Universidade também está sendo atacada. E nos trabalhadores e classe trabalhadora temos de nos unir. É o recado do Sintufrj. Não sairemos das ruas enquanto não houver justiça”, finalizou o dirigente do Sintufrj.

Os trabalhadores do Museu do Índio, unidade da Funai no Rio, que participaram do atodenunciaram a desestruturação da Funai, a insegurançados trabalhadores e o abandono do museu.

“A Funai tem suas prerrogativas discriminadas na Constituição que não estão sendo cumpridas. Esvaziaram as funções do órgão, colocaram na presidência um representante dos ruralistas, e os servidores são alvo de ameaça permanente. Aqui no Rio somos menos de 50 funcionários e um exemplo da desestruturação da Funai aqui na nossa cidade é o Museu do Índio, fechado desde 2013!”, declarou o sociólogo da Funai lotado no Museu do Índio, Alexander Noronha.

O Fonasefe (Fórum das Entidades Nacionais dos Servidores Públicos Federais), do qual a Fasubra nossa federação faz parte, está promovendo campanha em prol da Funai. E está divulgando o dossiê “Fundação Anti-indígena: Um retrato da Funai sob o governo Bolsonaro”, produzido pela Indigenistas Associados (INA) associação de servidores da Funai e Instituto de Estudos Socioeconômicos (Inesc).

Confira o dossiê completo: https://indigenistasassociadosorg.files.wordpress.com/2022/06/fundacao-anti-indigena_inesc_ina.pdf

Nesta quinta-feira, 23, a comissão de trabalhadores do Hospital Universitário Clementino Fraga Filho (HUCFF) que acompanha a discussão sobre a implantação do projeto piloto de controle de frequência na unidade, previsto para ocorrer no dia 15 de julho, ouviu explicações sobre como funciona o sistema, em reunião da qual participaram dirigentes do Sintufrj, diretores e chefes de setores do hospital, às 10h, no auditório Halley Pacheco.

As explicações foram dadas pela coordenadora da comissão de implantação do projeto e superintendente da Pró-Reitoria de Pessoal, Maria Tereza Ramos, e pela técnica Cinthya França, da Superintendência de Tecnologia da Informação e Comunicação (Stic), responsável pelo desenvolvimento do sistema. Apesar do esforço didático das duas, os servidores ainda acumulam muitas dúvidas e receio em relação à novidade.

Leia a matéria completa na edição do Jornal do Sintufrj (1376), nesta sexta-feira à noite, no site da entidade.