Mesa comandada pelo SINTUFRJ apresenta protagonismo dos trabalhadores na história

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O Sintufrj coordenou, na manhã desta quinta-feira, dia 31, a mesa “A luta histórica por voz, independência e direitos democráticos do povo trabalhador brasileiro”.  O coordenador do sindicato e da Fasubra, Nivaldo Holmes, mediou o debate que reuniu Esteban Crescente, coordenador-geral do Sintufrj; Waldinea Nascimento, presidente da Associação dos Terceirizados da UFRJ (Attufrj); José Sergio Leite Lopes,  coordenador da Comissão Memória e Verdade da UFRJ e coordenador do Programa de Memória dos Movimentos Sociais do Museu Nacional; e José Luiz Soares, pesquisador associado ao Arquivo de Memória Operária do Rio de Janeiro (AMORJ).

Nivaldo abriu o debate lembrando o momento difícil que vive o país, com um governo fascista articulando um golpe contra a democracia e que busca destruir os direitos do povo. Esteban também apontou o momento de tensão e tentativa de ruptura por parte de elites econômicas. Relatou episódios de luta e resistência por parte dos trabalhadores em 500 anos de história desde a invasão europeia, na luta contra elites sempre anti-povo, preconceituosas e racistas com tradição de golpismos: “Mas esta exploração nunca se deu sem resistência”, disse, .lembrando que o Sintufrj é parte desta história de lutas por direitos e liberdade.

José Luiz abordou as diferentes fases, ascensos e declínios do sindicalismo ao longo da história. Lembrou que é muito estigmatizado pela ação de grupos midiáticos e outros que pretendem detratar as lutas e a organização dos trabalhadores. “A despeito disso tudo, os sindicatos ainda hoje têm uma importância e seguem como atores sociais importantes para a democracia, para melhorar as condições de vida dos trabalhadores, interferindo mesmo no dinamismo da economia, com o crescimento do poder de compra dos trabalhadores e contribuindo para um mundo mais democrático.

Ele recomendou a leitura do livro Quando Novos Personagens Entraram em Cena, de Eder Sader, sobre os movimentos sociais populares de São Paulo entre 1970 e 1980.

Leite Lopes contou a trajetória da Comissão de Memória e Verdade da UFRJ e disse que a luta continua mais atual que nunca. Ele elencou uma série de ações da comissão, como atividades de divulgação ciência, de extensão cursos,  e produtos audiovisuais, como a série de curtas chamada  “Incontáveis” (bit.ly/serie-incontaveis),  e o longa “Memórias Camponesas” (https://www.youtube.com/watch?v=Y1nA8IZCBVo) que abordam a história do sindicalismo e dos trabalhadores rurais.

Waldineia Nascimento, representante dos terceirizados, lembrou que este segmento  está em luta constante diante da precarização que enfrentam e apontou a importância da organização na associação que representa porque até então os terceirizados não “tinham direito a voz ou a nada. As empresas saíram e os trabalhadores ficavam à mercê da sorte. Neste momento a gente consegue ser ouvido e ser visto”, diz ela. “ A liberdade dos trabalhadores  é tarefa dos próprios trabalhadores e por isso a gente tem que estar em todos os espaços”, disse, convocando a todos para o Grito dos Excluídos o dia 7 de setembro.

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