Estudantes se manifestam no Consuni por condições adequadas de estudo e trabalho

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Convocados pelo DCE Mário Prata, estudantes da Escola de Belas Artes (EBA) e da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo (FAU), com apoio de colegas de outros cursos, ocuparam a sessão do Conselho Universitário (Consuni) desta quinta-feira, dia 22, para reivindicar da Reitoria condições para o prosseguimento das aulas e das rotinas de trabalho no prédio Jorge Machado Moreira (JMM) — o prédio da Reitoria, na Cidade Universitária.

A maioria dos conselheiros presentes aprovou a moção proposta pela bancada estudantil no colegiado. O texto denuncia os cortes de verbas pelo governo federal e suas consequências para a UFRJ, como problemas na infraestrutura de prédios acadêmicos por falta de manutenção, obrigando a suspensão das atividades, estagnação de obras em andamento e insuficiência de recursos para a assistência estudantil.

Dificuldades

A Escola de Belas Artes, a Faculdade de Arquitetura e Urbanismo, o Instituo de Pesquisa e Planejamento Urbano e Regional (Ippur) e a Decania do Centro de Letras e Artes (CLA) sempre funcionaram no JMM, mas, com a volta das aulas presenciais neste segundo semestre, foram reabertos os três andares (quinto, sexto e sétimo) que estavam fechados desde o incêndio em 2016.

Com o aumentando do fluxo de pessoas no prédio, os problemas de infraestrutura pioraram. Faltou água em diversos andares e os cinco elevadores pararam de uma só vez. As aulas da EBA e da FAU tiveram que ser suspensas e só retornaram no dia 19 de setembro, quando os problemas foram parcialmente resolvidos.

Segundo os estudantes, ainda há muito a ser feito no prédio, como a recuperação de todos os elevadores e a redução da sobrecarga de trabalho imposta aos terceirizados da limpeza, com a reabertura dos andares interditados.

A presidente da Associação dos Trabalhadores Terceirizados da UFRJ (Attufrj), Waldinéia Nascimento, apontou as dificuldades que enfrentam os 36 trabalhadores da limpeza diante da dimensão do prédio de 48 mil m². Ela reivindicou a contratação de mais pessoal dividir a sobrecarga de trabalho.

Representantes do DCE e dos Centros Acadêmicos da EBA e da FAU, reiteraram a necessidade de juntar forças na UFRJ contra os cortes orçamentários e para exigir recursos de investimento na infraestrutura de toda a universidade. No texto da moção aprovada, os estudantes propõem que o colegiado também se manifesta contra qualquer situação que imponha aos trabalhadores terceirizados atividades sem previsão contratual e por condições adequadas ao desenvolvimento das atividades acadêmicas e administrativas.

MOVIMENTO ESTUDANTIL. Coletivos se uniram na pressão no Conselho Universitário por melhores condições de infraestrutura. Fotos de Elisângela Leite
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