Dia 18, tem ato nacional em defesa da educação e contra o governo Bolsonaro. Derrota tem que ser nas urnas e nas ruas.

“Fora, Bolsonaro!”, “Não vai ter corte, vai ter luta” e “A nossa luta, unificou, estudante junto com trabalhador”, fora algumas das palavras de ordem em meio às intervenções de estudantes e trabalhadores no ato público em defesa da UFRJ, nesta segunda-feira, dia 10, nas escadarias do CCS. O ato, contra o confisco de recursos e em defesa da democracia, mostrou que é necessário derrotar o governo anti-povo nas urnas e nas ruas.

Esse foi o tom das intervenções dos representantes de entidades sindicais Sintufrj e Adufrj, do DCE e da Associação de Pós-Graduandos (APG), que compõem o coletivo Formas (Fórum de Mobilização e Ação Solidária) da UFRJ e que organizaram o ato, convocado, inicialmente,como uma reação ao bloqueio dos limites orçamentários, na semana passada (de R$18 milhões), derrubado depois da pressão da comunidade universitária.

Só que, como a crise de recursos continua – a UFRJ só garante o pagamento de contas essenciais como energia, água, limpeza e segurança, por pouco tempo – é preciso derrotar um governo que elegeu a universidade como um dos principais alvos.

O coordenador de Comunicação do Sintufrj Nivaldo Holmes convocou a reação contra o confisco de verbas e contra a barbárie: “Toda verba está sendo colocada para o Orçamento Secreto e já sabemos para onde vai. Temos 30 dias para virar voto. A Fasubra já tirou em sua plenária o apoio a Lula no primeiro turno”

“O que será do país sem a universidade pública? Precisamos lutar contra o que está acontecendo no nosso país”, disseLaura Gomes, coordenadora geral do Sintufrj, lembrando da grande produção universitária em ensino, pesquisa e assistência e do desempenho dos hospitais da UFRJ durante a pandemia. “Agora querem cortar? Não podemos deixar acontecer. Temos que ir às ruas derrubar esse governo e colocar Lula de volta.  Universidade é para o povo”.

“A luta é de todos em defesa de um só projeto: salvar nossa universidade e eleger o companheiro Lula. Precisamos de paz, saúde e educação e sabemos muito bem o que este governo tem feito com a educação, cortando verba. Vamos defender essa universidade. Vamos vencer o ódio, a violência. Estamos votando num projeto de país que defende a educação e a saúde. Todos juntos nas ruas, contra Bolsonaro. Dia 30 vamos vencer e voltar a sorrir e ter esperança”, disse a coordenadora de Comunicação Marly Rodrigues.

Vice-presidente da Adufrj, Mayara Goulart, convocou alunos, servidores e trabalhadores terceirizados a conversarem em todas as oportunidades possíveis, com familiares, amigos, sociedade civil, para tentar mudar toda esta situação através do voto. Caso contrário, segundo ela, pode se arrependerdepois de não ter se engajado o suficientenesta que é a eleição mais importante da história.

 

Governo tenta desmobilizar

Segundo o coordenador-geral do DCR Lucas Peruzzi, o recuo do governo (com a devolução dos limites) é um truque para desmobilizar o ato que está sendo construído nacionalmente –18 de outubro, em defesa da educação, contra o governo Bolsonaro, convocado pela UNE e Ubes–, que pode ter um impacto importantena popularidade de Bolsonaro. Mas também em função da posição do DCE de, no segundo turno, de eleger lula, não apenas contra os cortes, mas contra o fascismo, pela recomposição orçamentária das universidades.“Essa tática não vai servir. A universidadejá vem sendo sucateado durante muitos anos. Vamos continuar mobilizando, convocando os estudantes”, diz ele.

 

Ato Unificado Contra Confisco na Educação .
Rio 10/10/22.