Nada pode ser melhor, neste verão de maçarico, do que passar 50 minutos se movimentando nas águas mornas de uma piscina semiolímpica, antes de começar o expediente de trabalho na universidade ou no fim da jornada. A retomada da parceria entre o Sintufrj e o Clube dos Empregados da Petrobras (Cepe-Fundão) foi inaugurada na quinta-feira, 9, com as aulas de hidroginástica. A partir desta segunda-feira, 13, os 20 alunos inscritos para a natação começam as atividades. O convênio foi uma iniciativa da Coordenação de Esporte e Lazer da entidade e beneficia os sindicalizados e seus dependentes diretos.

“É muito importante essa reaproximação com o Sintufrj, porque o clube nasceu de uma relação antiga com os servidores da UFRJ”, saudou o presidente do Cepe, Carlos Roberto Cordeiro, Camarão, para os amigos. O clube fui fundado oficialmente no dia 13 de maio de 1979, mas segundo o dirigente, desde 1976 existia na prática. “Éramos uma confraria que disputava campeonatos e bebíamos juntos”, contou. “Tanto é que na época de pôr a iniciativa no papel, se não fossem os impedimentos legais tanto por parte da Petrobras como da universidade, o Cepe nasceria pertencendo às duas categorias”, explicou. A boa notícia é que o estatuto do Cepe permite aos servidores se associarem.

Benefícios

“As atividades aquáticas ajudam muito na redução do estresse, porque acalmam, relaxam. Para quem tem limitações físicas são exercícios de menor impacto. Excelente para a terceira idade”, recomendou Carla Nascimento, coordenadora pedagógica do Espaço Saúde Sintufrj.

O convênio com o Cepe para uso da piscina pelo Sintufrj começou na gestão 2015-2017 e foi interrompida pela pandemia de covid. Com as restrições sanitárias impostas para conter a propagação do vírus, as aulas de natação e hidro foram suspensas. Depois desse longo inverno de isolamento, a atual direção do sindicato, por intermédio da Coordenação de Esporte e Lazer, resgatou  a parceria.

Aulas – Inscreveram-se para a hidroginástica 44 pessoas. As turmas são às segundas e quartas-feiras, das 17h às 18h, e às terças e quintas-feiras, das 10h às 11h.

Vinte sindicalizados e/ou dependentes estão inscritos na natação: às segundas e quartas-feiras, das 15h às 15h50, e às terças e quintas-feiras, das 9h às 9h50 (infanto-juvenil); adultos, às segundas e quartas-feiras, das 16h às 16h50, e às terças e quintas-feiras, das 8h às 8h50.

As aulas são ministradas pela professora da equipe do Espaço Saúde Sintufrj Carleni Freitas Nunes. Ela está à frente das turmas desde a primeira parceria do sindicato com o clube. “Estou muito feliz por estarmos de volta”, disse. A média de idade dos participantes da hidroginástica é 45 anos, mas antes da pandemia ela chegou a ter alunas de 85 e 90 anos. “As aposentadas estão voltando”, garantiu.

 

Retorno festejado com carinhos

A alegria por estar de volta e reencontrar os amigos foi traduzia nos longos abraços e sorrisos trocados na manhã de quinta-feira, 9, enquanto aguardavam o início da primeira aula de hidroginástica do ano. Mulheres lindas e esbanjando energia eram maioria na turma.

Catarina das Dores Silva, 88 anos, estava feliz: “Adoro fazer hidroginástica. Já fiz em outros lugares, mas não é igual às aulas dela (da professora Carleni). Antes da pandemia frequentei o Cepe por dois anos”. A técnica de laboratório do IPPMG, aposentada, mora em Bonsucesso, e pega duas conduções para chegar ao clube: um ônibus até o BRT e outro para o Fundão. Ela pretende também voltar ao Espaço Saúde para fazer musculação.

Wilma Rosa, 69 de idade, atendente em ambulatório do HU, aposentada, fazia a sua estreia na hidroginástica. “Tenho problema no joelho e não podia deixar de aproveitar essa oportunidade”, disse. Da Tijuca até o Cepe, ela também precisa de dois ônibus.

Marlene Coelho, 66, técnica em enfermagem do HU, aposentada, vem de Inhaúma, mas diz estar acostumada, porque faz pilates no Espaço Saúde e em projeto do município perto de casa. “O joelho dói por reflexo do problema que tenho há 10 anos na coluna, mas a gente tem que se cuidar, ser independente e não contar com ninguém”, ensina.

Maria das Neves Gonçalves Pereira, 76, aposentada como copeira da Reitoria, é uma veterana na hidroginástica no Cepe. “Sou da Vila do Pinheiro, e voltar a fazer hidroginástica vai melhorar as dores que sinto na coluna”, afirmou.

Roberto Lemos, 67, trabalha na Decania do Centro de Tecnologia. “Fazia antes da pandemia e estou de volta. O corpo responde positivamente aos exercícios, que deixam a gente bem disposto”, avaliou.

Glória Sarmento, 59 anos, é técnica do laboratório da Biofísica. “Já fazia antes, e logo fiz minha inscrição. A hidro é muito boa para a saúde”, disse a moradora de Rocha Miranda.