Representantes de servidores na mesa de negociação em Brasília reivindicam melhores propostas diante de um quadro de perdas salariais enormes – 7 anos de congelamento salarial. O governo propõe 7,8% de reajuste emergencial linear. O que é pouco, como reafirmam os trabalhadores.

O Sintufrjestá realizando uma sequência de atividades para fortalecer o debate. A direção também tem estimulado os setores a marcarem reuniões de base.

Na terça-feira, 28 de fevereiro, foi a vez da live (cujos links podem ser encontrado neste boletim)

No dia 7, terça-feira, a categoria será chamada a decidir os rumos da luta pelo reajuste salarial emergencial, na assembleia que se realizará às 10h, no auditório do Bloco A do Centro de Tecnologia.

O governo prometeu uma manifestação para esta sexta-feira (3) sobre as reivindicações apresentadas na reunião do dia 28 na Mesa Nacional de Negociação Permanente. Outra data indicada pelo governo para apresentar contraproposta é no próprio dia 14, terça-feira, dia de nossa assembleia.

Portanto, temos que abraçar a luta!

Flagrante foi feito pelo Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Joinville e região (Sinsej). Jornalista da Folha Metropolitana que publicou a denúncia foi demitido

Escrito por: Redação CUT | Editado por: Rosely Rocha

O trabalho precarizado e análogo à escravidão a que são submetidos os trabalhadores e as trabalhadoras, em sua maioria migrantes, tem sido denunciado com maior frequencia no Brasil. Ainda assim as empresas e autoridades envolvidas se negam a assumir responsabilidades, como o caso das vinícolas Salton, Aurora e Garibaldi, que se isentaram de responsabilidade após 207 trabalhadores terem sido resgatados em um alojamento de uma empresa terceirizada que atendia as vinícolas de Bento Gonçalves, na Serra Gaúcha, como se o problema não fosse deles.

Um caso semelhante de precarização do trabalho envolve a prefeitura de Joinville, Santa Catarina, que não vai tomar uma providência mais rápida e enérgica contra uma empresa terceirizada que submete seus trabalhadores à humilhação. (veja abaixo a resposta da prefeitura).

A denúncia chegou ao jornal Folha Metropolitana, que foi apurada pelo jornalista Leandro Schmitz. Depois da repercussão ele foi demitido do jornal nesta quarta-feira (1º).

As cenas estarrecedoras foram flagradas pelo Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Joinville e região (Sinsej), que após denúncias comprovou a situação a que estão submetidos trabalhadores da empresa terceirizada Celso Kudla Empreiteiro Eireli, contratada para fazer  obras na unidade de Bem-estar e Proteção Animal (canil) da prefeitura de Joinville.

Os trabalhadores, em sua maioria migrantes e imigrantes, recebem “quentinhas” e são obrigados a almoçar no chão do canil. Os trabalhadores se espalham procurando latas e locais no chão para sentar e se alimentar. Outros, se abrigaram embaixo de um telhado improvisado ao lado da caçamba de lixo para poderem almoçar na sombra.

No almoço é cada um por si. Existe um espaço usado como refeitório pelos servidores que trabalham no local, mas esse espaço não é usado por quem trabalha na obra. Uma geladeira, colocada dentro de um canil com animais presos é usada pelos funcionários para armazenar água e outros produtos.                                        A presidente do sindicato Jane Becker contou ao jornal local Folha Metropolitana,  que descobriu existir um desconto de R$ 800 no salário deles, valor usado para alimentação e transporte. “É desumano ter esta quantia enorme descontada e ser transportado dentro de caminhão baú e almoçando no chão do canil”, afirma.

Os trabalhadores, cerca de 30, confirmaram que são transportados no baú de caminhões todos os dias, tanto na ida quanto na volta para casa. Outros contaram que chegam ao CBEA de carona em um carro com oito pessoas . Alguns funcionários relataram que o transporte e a alimentação são descontados de seus vencimentos, enquanto outros recebem de forma integral.

No momento em que o Sinsej chegou ao local, alguns trabalhavam no telhado de uma das estruturas, mas não usavam equipamentos de segurança.

Segundo testemunhas, algumas denúncias em relação a situação dos trabalhadores já foram feitas, mas nada mudou. Questionado, o executivo municipal diz que não é responsável pelos contatados pela terceirizada. A ação demonstra como a prefeitura de Joinville lava as mãos em relação as empresas para qual terceiriza seus serviços.

Segundo o jornal Folha Metropolitana o contrato foi assinado em 2020 com a prefeitura de Joinville é de mais de R$ 1,3 milhão e prevê obras como ampliação, pavimentação de passeio e acessos. Inicialmente a vigência do contrato era de 12 meses, mas de acordo com um aditivo publicado em 2022 no Portal da Transparência do município, o prazo de execução foi esticado até o dia 05/03/2023.