Sintufrj pede atenção à saúde do trabalhador e ao piso da enfermagem. Fasubra ressalta: discurso do diretor mostra que, com recursos e pessoal, HU não precisa ser entregue à Ebserh
A cerimônia de posse de Marcos Alpoim Freire no cargo de diretor geral do Hospital Universitário Clementino Fraga Filho (HUCFF) foi realizada na manhã desta segunda-feira, 14 de agosto, no auditório do Centro de Tecnologia 2, na Cidade Universitária.
Marcos Freire, diretor-geral da Unidade na última gestão foi candidato único à gestão 2023-2027 e obteve 85,62% de votos válidos na consulta à comunidade dias 31 de maio e 1º de junho. Ao todo, foram 786 votantes. 673 votos válidos. 23 brancos e 90 nulos.
A posse contou com representantes da Reitoria, de centros e unidades, autoridades municipais e estaduais e dirigentes de outras instituições. A vice-reitora Cassia Turci presidiu a mesa da cerimônia que contou ainda com representantes das decanias do Centro de Ciências da Saúde e do CT, de secretarias de saúde do Estado e Município. O secretário de Estado, Luiz Antônio Teixeira Junior, elogiou a gestão e reiterou apoio.
O discurso do diretor foi marcado pelos feitos da gestão anterior, pelo agradecimento às equipes e aos servidores de diversas áreas (administrativa, de saúde, de apoio) e propostas de expansão. Ele foi homenageado também pelas filhas e pela esposa que destacaram sua dedicação ao hospital.
As coordenadoras do Sintufrj Laura Gomes (coordenação-geral) e Ana Mina parabenizaram a nova gestão em nome da entidade.
“Sabemos que não é fácil, que muita coisa não chega ao gabinete. Por isso estamos aqui para trazer algumas reivindicações dos nossos colegas trabalhadores do hospital. Estamos na linha de frente no cuidado do paciente. Para que ele seja bem cuidado, nós também precisamos de cuidados. Por isso pedimos ao diretor atenção maior para a saúde do trabalhador”, disse Laura, apontando o bom trabalho do Serviço de Saúde do Trabalhador do HU (Sesat), mas ponderou que pode melhorar ainda mais com a ajuda da direção.
Ana Mina lembrou os colegas que se foram na pandemia e que “estarão sempre presentes em nossos corações. Se a universidade tem o nome que tem, foi por eles, pelos trabalhadores aposentados e pelas pessoas que vieram antes de nós”. Ela pediu que a enfermagem seja mais representada “neste espaço e em outros momentos” e, por fim, solicitou atenção à necessidade de implantação do piso da enfermagem nos contracheques: “Valorizem a enfermagem porque ela está ali, no início e no fim da vida”.
Não à Ebserh
O coordenador de Comunicação da Fasubra, Francisco de Assis, também acompanhou a Cerimônia e destacou: “No seu discurso o diretor realizou um balanço da gestão e apontou bons avanços na gestão, graças ao duro trabalho e compromisso de toda comunidade do hospital e apoios institucionais recebidos. A participação da Fasubra foi muito importante, pois pode constatar no próprio discurso do diretor de que a UFRJ não precisa entregar seus hospitais para Ebserh (Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares), basta apenas ter financiamento e concurso pelo RJU para repor a força de trabalho. E assim seguiremos na luta em defesa da manutenção dos hospitais vinculados a UFRJ”, concluiu o dirigente.