Ato da categoria conclama voto contra autoritarismo

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O Dia de Lutas e Paralisações indicado pela Fasubra contra os órgãos de controle (CGU, TCU, AGU, MP, entre outros) e pelo reposicionamento dos salários dos aposentados, na terça-feira, 3 de outubro, foi marcado na UFRJ com um ato dos técnicos-administrativos em educação nos pilotis da Reitoria convocado pelo Sintufrj.

 

Apesar de ampla divulgação pelo jornal da categoria, através do site, whatsapp e facebook da entidade, e a convocatória ter sido reforçada por carro som, poucas trabalhadoras e trabalhadores compareceram ao ato. A maioria usava o adesivo produzido pela Comunicação do Sintufrj #Elenão  #Nemofilho.

 

Alerta

Por sugestão da coordenadora-geral do Sintufrj, Gerly Miceli, o ato também se transformou em um alerta dos presentes ao conjunto da categoria, em relação as eleições, principalmente para presidente da República. “Vamos aproveitar que estamos aqui reunidos para mandar um recado a todas as companheiras e companheiros, pois no domingo vamos às urnas e o perigo que corremos e que seja eleito o candidato ainda mais reacionário que os órgãos de controle, o fascista Bolsonaro”, alertou a dirigente.

 

“Sim, precisamos nos organizar para lutar por melhores condições de trabalho e por reajuste salarial. Porém, ao avaliarmos a conjuntura, precisamos ter claro que não devemos votar por questão religiosa. O nosso voto tem que ser por justiça social para todos os trabalhadores. Por uma vida digna para todos nós”, afirmou Alzira, da Prefeitura Universitária.

 

“Seja quem for que ganha essa eleição, devemos estar unidos e lutando nas ruas por nossos direitos”, disse Hilem Moises, da PR-6. O técnico-administrativo apontou vários problemas que ocorrem na pró-reitora onde trabalha, entre os quais, falta de pessoal e de estrutura adequada, e assédio moral.

 

Com um depoimento emocionado em defesa da unidade da categoria e da entidade de classe, Elizeu Freitas, do Instituto de História, fez sua estreia ao microfone sindical: “Não tenho discurso pronto, experiência política, mas sei que devemos nos unir e reforçar o Sintufrj, porque é ele que nos representa contra todos os problemas que enfrentamos no nosso dia a dia, como assédio moral. Os órgãos da Reitoria não nos representam nas nossas questões, e nos sentimos abandonados. O Sindicato pode ter falhas, mas mesmo fazendo críticas, temos que cuidar para que a entidade se mantenha firme. Ao governo, sim, temos que esmagar”.

 

Mobilização

“É muito importante estarmos aqui mobilizando a categoria e chamando a atenção para os riscos que corremos nestas eleições, mas estão acontecendo coisas na universidade, como assédio moral em todos os setores. Por isso queremos um Sindicato forte e que lute por toda a categoria”, disse Francisco de Assis.

 

Para Orlando, do Instituto de Biologia, está na hora de todos os setores do movimento sindical na UFRJ se unirem para repensar formas de mobilização da categoria, principalmente o Sintufrj. “Temos que trazer esse povo para a luta de novo! e parar de ficar um denunciando o outro”, frisou. Ele também fez críticas à Reitoria: “Precisamos demonstrar nossa indignação à Reitoria que está muito abaixo do que esperávamos. Por que não questionam esse governo? Por que não denunciam para a sociedade o que está sendo feito contra a universidade, os hospitais universitários. Se mandam cortar direitos, obedecem e pronto. Tudo o que temos foi construído com muitas greves, muitas lutas e ocupações. Fazemos um ato como este, na porta da Reitoria denunciando as mazelas do governo e eles nem prestigiam, nem aparecem”.

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