Contralaudos do Sintufrj revelam condições impróprias de trabalho

Assegurar condições adequadas de trabalho e evitar o adoecimento do trabalhador, e garantir seus direitos, é o objetivo da ação sindical na elaboração dos contralaudos de ambientes de trabalho

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PROTOCOLO. Coordenador do Sintufrj Huascar Costa e o técnico em segurança do trabalho Rafael protocolam os contralaudos na Pró-Reitoria de Pessoal da UFRJ

REUNIÃO. Gerly Miceli e o técnico Rafael apresentam contralaudos
aos trabalhadores da Maternidade Escola e do Hesfa

Na quarta-feira, 10, a direção do Sintufrj protocolou na Pró-Reitoria de Pessoal os primeiros contralaudos de ambientes de trabalho produzidos pela equipe de especialistas em segurança e saúde do trabalhador contratada pela direção sindical.

Os cortes do adicional que estão ocorrendo na categoria são injustos. Porque estão sendo feitos sem a avaliação dos contralaudos do Sintufrj. O trabalhador que tiver a insalubridade cortada deve procurar imediatamente a entidade. Consulte a prévia do contracheque.

Três frentes de atuação

Atuar para garantir condições dignas de trabalho, saúde e direitos da categoria é, segundo a coordenadora-geral do Sintufrj Gerly Miceli, “a grande política da entidade”.

Para atingir esses objetivos, a ação sindical se desdobra em três frentes: “primeira, garantir o adicional de insalubridade a quem tem direito; segunda, garantir a saúde do trabalhador no ambiente de trabalho, com iniciativas que vão desde a eleição das Comissões Internas de Saúde do Servidor Público (Cissp) à cobrança, das direções das unidades, por melhoria nos ambientes de trabalho; e terceira, aprofundar a discussão sobre projetos de lei para garantir a aposentadoria especial do servidor e a atualização da Norma Regulamentadora nº 15 (sobre atividades em condições insalubres), que é de 1978, às mudanças ocorridas no mundo do trabalho”.

 

Hesfa

No dia 28 de setembro, a direção sindical apresentou aos técnicos-administrativos do Instituto de Atenção à Saúde São Francisco de Assis (Hesfa) o relatório das condições dos ambientes de atividades na unidade (contralaudos) preparado pela equipe de especialistas em segurança e saúde do trabalhador da entidade. O documento conclui que a maioria dos profissionais que mantêm contato com pacientes (muitos dos quais portadores de doenças contagiosas) tem direito ao adicional.

De acordo com o perito em segurança do trabalho Rafael Borher, a equipe levou 30 dias para concluir a tarefa no Hesfa. Foram realizadas 10 visitas técnicas à unidade para avaliações qualitativas (que verifica casos específicos) e quantitativas (sobre exposição a agentes físicos, químicos e biológicos) dos ambientes de trabalho.

 

Alerta às unidades

Com base nas informações dos formulários preenchidos pela categoria, os profissionais foram divididos em grupos de exposição para nortear o trabalho dos técnicos. Um dos itens verificados pela equipe foi as condições de saúde no ambiente de trabalho. A situação mais delicada, segundo Rafael, foi constatar a vulnerabilidade dos mecanismos existentes de prevenção e de combate a incêndio.

O trabalho que está sendo realizado pela equipe técnica do Sintufrj também aponta, para as direções das unidades, a necessidade de melhorias dos locais de trabalho, como realização de obras e instalação de novos equipamentos.

Maternidade Escola

No dia 2, o Sintufrj expôs aos trabalhadores da Maternidade Escola a conclusão do levantamento sobre os ambientes de trabalho na unidade. O relatório levou 30 dias para ser concluído e aponta que cerca de 90% dos profissionais fazem jus ao adicional de insalubridade.

 

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