Controle de frequência mobiliza servidores

Quinhentão: críticas à interferência do TCU reafirmaram a defesa da autonomia universitária na reunião no CCS. PR-4, presente ao encontro, garante que não haverá arbitrariedade na UFRJ. Odonto e IPPMG também discutiram o assunto.

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Quinhentão: críticas à interferência do TCU reafirmaram a defesa da autonomia universitária na reunião no CCS. PR-4, presente ao encontro, garante que não haverá arbitrariedade na UFRJ. Odonto e

IPPMG também discutiram o assunto.

 

Qualquer arbitrariedade, procure o Sintufrj

Acórdão do TCU sobre controle de frequência mobiliza os servidores; PR-4 garante que não aceitará autoritarismo

O auditório do Quinhentão lotou para a reunião convocada pelo Sintufrj para discutir o acórdão 2729/2017 do Tribunal de Contas da União (TCU) sobre controle de frequência, com a participação do pró-reitor de Pessoal, Agnaldo Fernandes, na quarta-feira, 11.

 

“A produção acadêmica da UFRJ não pode ser medida pela mera indigência burocrática de um cartão de ponto. Não somos contra o controle de frequência, mas isso não pode ser definido por normas determinadas por órgão externo como o TCU”, afirma a diretoria do Sintufrj, que defende uma política-padrão de controle sem distinção de categorias ou unidades.

 

“Não abrimos nenhum debate com nenhum setor sobre controle (eletrônico) de frequência e não houve nenhuma determinação para que esse debate fosse feito”, garantiu o pró-reitor de Pessoal.

Tratamento diferenciado: denuncie ao Sintufrj

A direção do Sintufrj chamou a atenção do pró-reitor de Pessoal sobre denúncias de trabalhadores em relação a abusos de chefias. “Não se deve admitir tratamento diferenciado entre os segmentos”, alerta a entidade. A orientação à categoria é para que procure a entidade para informar qualquer atitude arbitrária de chefias, e informou que reuniões sobre o tema estão sendo agendadas em todos os campi da universidade.

 

Posição da PR-4

“Rechaçamos qualquer tipo de arbitrariedade ou autoritarismo de dirigente de unidade. Identificado o problema, vamos agir onde de fato ele exista”, respondeu o pró-reitor. Entretanto, ele lembrou que é papel do dirigente cobrar frequência.

 

Jornada de docentes não é só em sala de aula

O acórdão nº 2729/2017 do TCU indica que os professores da UFRJ cumpram uma jornada semanal de oito horas em sala de aula. Mas quem faz uma determinação como essa desconhece as atividades de ensino de uma universidade pública. Os docentes dessas instituições dividem seu tempo de trabalho com tarefas  que extrapolam em muito quatro paredes e um quadro fixo em uma delas.

 

Eles atuam em laboratórios, orientam dissertações e teses de mestrado e doutorado, fazem pesquisas, realizam aulas de campo, se dividem em atividades de extensão acadêmica e muitos desempenham ainda funções burocráticas.

 

No entendimento do Sintufrj e da Adufrj, o fazer do docente não pode ser medido pelo tempo de permanência em sala de aula. E também consideram dispensável que os professores apresentem planos de trabalho aos departamentos, conforme orienta a minuta elaborada pela pró-reitor de Pessoal. A UFRJ já dispõe de mecanismos de controle de frequência desses servidores e de seus planejamentos, que é o Siga (Sistema Integrado de Controle Acadêmico).

 

A decana do CCS, Maria Fernanda Quintela, disse que a questão está sendo discutida com todas as unidades do Centro e pela Câmara dos Hospitais, e orienta para que essa discussão seja em cima de um plano de trabalho.

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