NOTA DO SINTUFRJ
Os episódios de violência dos últimos dias que têm marcado a disputa no segundo turno põem a democracia em xeque. O ódio destilado nas redes sociais agora alcança as ruas, expresso em atos de intolerância selvagem. Insulto, agressão física e até assassinato ingressam no cotidiano da política.
Os marcos civilizatórios estão sendo deixado de lado. Turbas de eleitores ensandecidos, identificados com o candidato Jair Bolsonaro, surgem sedentos à caça de adversários. Fakes news, intimidações, mentiras têm substituído a apresentação de propostas.
Na sua história recente, o Brasil foi marcado por 20 anos de ditadura civil-militar. As cicatrizes desse período obscuro e de arbítrio não se apagaram. Os mais velhos recordam o silêncio imposto pela censura, as perseguições, as prisões ilegais, as torturas e os assassinatos.
À época, as universidades públicas foram alvos preferenciais da repressão.
A comunidade universitária da UFRJ vai lutar e votar pela democracia. O exercício da autonomia nos espaços da instituição pressupõe o debate aberto, plural e democrático sobre a sociedade. A liberdade de expressão e manifestação das ideias numa universidade pública é imperativo para que ela cumpra o seu papel de produção de conhecimento com autonomia.
A comunidade universitária da UFRJ repudia o fascismo.