Após decisões conflitantes e manobras do juiz Sérgio Moro, do desembargador João Pedro Gebran Neto, também do TRF4, relator da Lava Jato na Corte, e da Polícia Federal, que não cumpriu a determinação do desembargador Rogerio Favreto, que mandou soltar Lula em três despachos seguidos, segue a prisão política do ex-presidente. O pavor dos golpista foi tanto que não tiveram a menor vergonha de entortar a legalidade. Defesa vai recorrer à todas as instâncias possíveis.
Eram 9h da manhã de domingo, 8 de julho, quando os advogados chegaram à sede da Polícia Federal com a decisão do desembargador plantonista do Tribunal Federal Regional da 4ª Região (TRF-4), Rogerio Favreto, de soltar Lula, atendendo ao pedido de habeas corpus impetrado pelos deputados federais Wadih Damous (PT-RJ), Paulo Pimenta (PT-RS) e Paulo Teixeira (PT-SP).
Mas Lula não foi solto. Mesmo de férias, Sérgio Moro, juiz de primeira instância, atuou para segurá-lo na prisão, contrariando determinação de desembargador de segunda instância.
Favreto reiterou o cumprimento do pedido de soltura. Moro pediu para segurar a decisão. Em seguida Gandra Neto, relator da Lava-Jato, revogou a liminar e manteve a prisão.
Favreto determinou novamente a soltura do petista. Mas, por fim, o presidente do Tribunal Regional Federal da 4ª Região TRF4), desembargador Carlos Eduardo Thompson Flores, determinou que o ex-presidente Lula permaneça preso.
Lula continuará mantido preso político na sede da Superintendência da Polícia Federal, em Curitiba, onde está desde 7 de abril.