Cooperativismo para gerar trabalho e renda e proteger o meio ambiente

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“Gestão de resíduos eletroeletrônicos: oportunidades e desafios na perspectiva de uma cooperativa de catadores” foi um dos temas discutidos no 12° Evento em Homenagem ao Dia Mundial do Meio Ambiente, realizado pelos Programas Ambientais do Centro de Tecnologia com sua Decania, na terça-feira, 18, no salão nobre da unidade.

Quem falou sobre o tema foi Hanna Rodrigues, técnica de projetos da Cooperativa Popular Amigos do Meio Ambiente (Coopama), uma organização sem fins lucrativos de reciclagem e gestão de resíduos, cujo objetivo principal é gerar trabalho, renda e inclusão social através das atividades de coleta, triagem, reciclagem, prestação de serviços e comercialização de materiais recicláveis.

Parceria

A intenção da Coopama é firmar uma parceria com a UFRJ que envolvesse estudantes. Para atrair o interesse da comunidade universitária, Hanna destacou o trabalho realizado pela cooperativa e seus propósitos. Um deles é o aprimoramento das  atividades profissionais por meio de uma organização coletiva, prestando serviços e atuando principalmente na área de coleta, transporte, triagem, reciclagem e comercialização de resíduos sólidos.

Segundo Hanna, a Coopama tem comprometimento com o recebimento de materiais recicláveis e com o seu encaminhamento adequado para as indústrias de recicláveis, de modo a não promover contaminação do meio ambiente ou gerar danos à saúde pública.

Trabalho

O contato com as comunidades e o objetivo social também são marcantes no dia a dia da cooperativa. É tarefa destacada a proteção ao trabalhador, ou seja, proporcionar aos associados da Coopama postos de trabalho mediante esforço pessoal e direto, além de a cooperativa ser propagadora da cultura de evitar desperdício de recursos naturais e da consciência ecológica.

Uma das metas de Hanna é profissionalizar cada vez mais a cooperativa, para que as pessoas deixem de pensar em coleta de resíduos recicláveis como uma ação de caridade, ignorando as condições precárias em que vive a categoria de catadores: na informalidade (sem carteira de trabalho assinada e outros benefícios trabalhistas) e sem seguridade social (não recolhem para a aposentadoria).

“É preciso compreender a ação das cooperativas como um serviço  à comunidade e não como uma (ação) voluntarista que acaba em si mesma. As ações precisam ser remuneradas e esses trabalhadores, assegurados”, defende Hanna.

 

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