A maior universidade federal do país está sob risco de serviços serem paralisados entre agosto e setembro. Foi o que alertou a Reitoria em nota à no dia 5.
A situação que já era crítica por causa dos déficits acumulados, se agravou com o bloqueio definido pelo MEC: o corte de 30% em média do orçamento discricionário, destinado aos pagamentos das despesas básicas de funcionamento, resultou no bloqueio de 41% da principal ação orçamentária da UFRJ destinada ao funcionamento.
Porém, mesmo para os valores disponíveis, sujeitos à liberação de limite de empenho por parte do governo federal, a situação não está nada boa. Até junho, as liberações de limite de empenho permitiram manter os contratos, em média, com dois meses de pagamentos em atraso. Mas a mudança no padrão de liberação do MEC, a partir de julho (que reduziu o limite mensal a 5% do orçamento de custeio), só permitiu o pagamento de parte das despesas de maio de 2019.
Assim, despesas necessárias à manutenção da UFRJ, tais como fornecimento de energia elétrica, de água e de gases para os laboratórios, limpeza, vigilância, alimentação nos Restaurantes Universitários, transportes, telefonia, estão na iminência de não serem pagas e podem ter esses serviços suspensos pelos fornecedores.
“Mantido esse padrão de liberação pelo MEC, a Universidade está sob o risco de ter vários serviços paralisados ao longo do mês de agosto e, certamente, no mês de setembro”, alerta a nota, denunciando: “O orçamento da UFRJ, que é definido em lei, tornou-se inacessível, o que coloca em risco o funcionamento da Universidade neste momento e ameaça seu futuro”.
Veja a íntegra da nota: https://ufrj.br/noticia/2019/08/05/nota-sobre-situacao-orcamentaria-da-ufrj