Bolsonaro, Witzel e a agenda da morte
Governos sem escrúpulos para matar e mentir
A morte caminha ao lado de Wilson Witzel e Bolsonaro. Nos primeiros oito meses de Wiltzel à frente do Palácio Guanabara, a polícia matou 1.249 pessoas, informa o Instituto de Segurança Pública. Jovens, em sua maioria, na periferia.
A ampliação da posse e do porte de armas, promessa de campanha de Bolsonaro e institucionalizada através de decretos, fomentou o mercado de armas no país. A importação de revólveres e pistolas bateu recorde nos oito primeiros meses deste ano.
A retirada de radares das rodovias, determinada pelo hóspede do Planalto, fez recrudescer as mortes violentas nas estradas.
O estímulo a proprietários rurais à violência, sacramentado em outro decreto que autoriza o porte de armas automático a fazendeiros, terá outra consequência inevitável: a multiplicação de corpos no campo.
A negação da vida que aponta para índices macabros está na raiz do clã familiar, gente miliciana, que ganhou aliados, e de políticos surgidos na carona do discurso do vale-tudo, da lei do mais forte, da regressão de valores de promoção da dignidade e dos direitos humanos.
A exaltação da morte se apresenta estruturalmente, na política econômica que favorece aos ricos, derruba direitos sociais, encurta a vida de milhões, e põe fim à aposentadoria de outros milhões.
Recentemente, a revista Carta Capital denunciou um escândalo: “A fraude da Previdência – estudo inédito mostra como o governo manipulou dados para aprovar a reforma e como as mudanças são mais nocivas aos trabalhadores como parecem”. Governo sem escrúpulos para matar e mentir.
Infanticídio no Rio
A triste realidade da população do Estado do Rio de Janeiro está sob fogo cruzado: além de um ilegítimo presidente da República fascista que só atua em benefício dos ricos empresários, o estado é governado por Wilson Witzel, um político facínora que divide seu poder (ou recebe ordens) com as milícias, a polícia e o Exército (forças interligadas entre si para as ações covardes), dos quais se utiliza para exterminar a população preta e pobre das favelas e das periferias.
Suas últimas vítimas foram crianças e adolescentes, executados por PMs. Além da pequena Agatha de oito anos, moradora do Morro do Alemão, somente este ano pelo menos mais cinco menores foram fuzilados por ordem de Witzel: Cauê Ribeiro dos Santos (12 anos), Victor Almeida (7 anos), Kauã Rozário (11) , Kauan Peixoto (12 anos), e Jenifer Silene Gomes (11 anos).
O senhor das armas
A compra de armas mais do que dobrou no mesmo período do ano passado. A quantidade de armas seguiu o ritmo: 37,3 mil contra 17,5 mil em 2018. Somente no mês de agosto entraram no país 25,6 mil armas.
Para Bolsonaro, a flexibilização do porte e da posse vai permitir que o cidadão se defenda melhor, mas seus efeitos incitam mais violência. Sua política de armar civis é rechaçada por especialistas em segurança pública. “Com os atos do presidente, a tendência de crescimento deve continuar. Quanto mais armas em circulação, pior a questão dos homicídios, a violência letal”, afirma o gerente de projetos do Instituto Sou da Paz, Bruno Langeani.
Na ONU
A expressão sem pudor de um ser abjeto, que admira a tortura e torturadores, se apresentou na ONU. Um discurso de guerra fria, voltada para interesses econômicos da burguesia mais predadora. Subserviência a Trump inclassificável.