Sem dinheiro: UFRJ consegue evitar greve de vigilantes, mas não sabe até quando

Compartilhar:

Os cerca de 950 vigilantes patrimoniais terceirizados da UFRJ estiveram na iminência de entrar em greve. A situação foi contornada na tarde desta terça-feira, 24, o pró-reitor de Planejamento, Desenvolvimento e Finanças, Eduardo Raupp, e o prefeito universitário, Marcos Maldonado, se reuniram com os representantes das quatro empresas de segurança contratadas pela UFRJ e ficou acertado o pagamento de uma das três faturas em atraso pela Reitoria, num total de R$ 4 milhões.

Segundo Raupp, esses R$ 4 milhões foram antecipados do montante que o governo prometeu desbloquear para a UFRJ, que ele não sabe de quanto será. “Foi um adiantamento do desbloqueio e já gastamos. Pagamos um mês de contrato atrasado,  mas já está vencendo outro mês”, disse o pró-reitor sem disfarçar a apreensão em relação as outras contar a pagar, como limpeza, alimentação, luz e transporte (ônibus internos).

Há dez dias foram iniciadas as negociações com os vigilantes, que já não suportavam mais a pressão por falta de dinheiro para pagar aluguel, pensões, conta de luz, entre outras despesas pessoais. “Por enquanto ainda não houve pagamento às empresas, mas deve ocorrer entre hoje ou amanhã, e o repasse para as contas dos trabalhadores é imediato”, informou o diretor do Sindicato dos Vigilantes do Município do Rio de Janeiro, Leandro Siqueira, que também participou da reunião entre a UFRJ e as terceirizadas. Ao final, ele acrescentou: “Sabemos que esse atraso da UFRJ é por culpa do bloqueio que acontece de forma covarde pelo governo”,

O ódio à educação

O total do bloqueio financeiro imposto pelo governo à UFRJ era de R$ 112 milhões, dos quais foram antecipados os R$ 4 milhões  pagos às empresas de vigilância. Mensalmente, UFRJ necessita ter em mãos R$ 33 milhões para cobrir as despesas de custeio, caso contrário, as atividades da universidade param.

COMENTÁRIOS