Na assembleia do Sintufrj, realizada na manhã de terça, 22 de outubro, a categoria rejeitou enfaticamente qualquer iniciativa de implantação do ponto eletrônico nos locais de trabalho da universidade.
A discussão contou com a presença de Rita Anjos, superintendente da Pró-Reitoria de Pessoal (PR-4), e da assessora do gabinete Gil de Oliveira. A PR-4 foi convidada pelo Sindicato para dar explicações sobre a criação de uma comissão para encaminhar a implantação do ponto.
A PR-4 afirmou que a comissão foi criada para estudar o desenvolvimento do trabalho nas unidades, mas que entende que o ponto eletrônico não é o mecanismo mais adequado para o controle de frequência. No entendimento do Sintufrj, esta opinião da administração precisa tornar-se pública para a comunidade acadêmica.
A categoria participou ativamente do debate. Em uníssono, as falas afirmaram que a natureza do trabalho dos TAEs não é a de um operário de linha de montagem. As atividades de pesquisa e extensão possuem peculiaridades que exigem, muitas vezes, deslocamento, presença em campo e formas específicas de controle de frequência já realizadas pela UFRJ.
Após longo debate, as trabalhadoras e trabalhadores presentes decidiram por aclamação rechaçar o ponto eletrônico e iniciar uma campanha em defesa do fazer técnico-administrativo. A resolução, aprovada por unanimidade, contém quatro pontos sobre o tema:
– Contra a implantação do ponto eletrônico.
– Reafirma os mecanismos de controle interno de frequência construídos historicamente pela UFRJ.
– A Reitoria deve expressar publicamente sua posição sobre o assunto.
– Defende a realização de um seminário para discussão com a comunidade acadêmica com ampla campanha de defesa do fazer técnico-administrativo na UFRJ. A natureza complexa do nosso trabalho não pode ser medida através de ponto eletrônico.