Especialistas em saúde privada recomendam que não haja cortes dos serviços devido à inadimplência dos associados durante a pandemia
Segundo a professora da UFRJ, Lígia Bahia, especialista em políticas públicas na área de saúde, propostas para mitigar os efeitos da pandemia para o contingente da população que utiliza o serviço de planos de saúde foram apresentadas pelo grupo de pesquisa da UFRJ e da USP que estuda o setor privado de saúde do Brasil.
A nota técnica relaciona as seguintes medidas:
Primeiro: que os planos de saúde não sejam suspensos por falta de pagamento devido à inadimplência dos associados durante a pandemia;
Segundo: que se reduza os preços das mensalidades, haja vista que os associados não terão como arcar com as despesas diante da quarentena imposta a toda a população; a diminuição do valor das mensalidades se justifica, ainda, pelo fato da baixa utilização dos serviços numa situação de quarentena.
Terceiro: que a rede de planos de saúde se integre aos serviços públicos de saúde, principalmente para CTI, sendo a eles subordinados. E, preferencialmente, que esses serviços sejam destinados aos doentes mais graves, voltando-se para os casos emergenciais.
Aporte Financeiro
A especialista explicou também que o grupo está propondo que se aprovem medidas para mobilizar 15 bilhões da reserva técnica dos planos de saúde, existente atualmente; mais cinco bilhões da Caixa Econômica Federal para as Santas Casas; e dois bilhões do BNDES para as Empresas de Planos de Saúde.
“Com esse aporte adicional teremos recursos para viabilizar a redução das mensalidades, especialmente para os planos individuais, porque são os trabalhadores que estão perdendo renda. Com também estamos propondo que não haja quebra de contrato por falta de pagamento”,