O governo federal não recua um milímetro na sua guerra contra o serviço público. Na última semana, ao apagar das luzes, dois novos ataques foram desferidos, mostrando que, nem mesmo em meio à pandemia que assola o país, Bolsonaro e sua base mudam suas prioridades: insistir numa política econômica de austeridade fiscal que empurra o país ao precipício, ajudar banqueiros e milionários a manterem seus lucros e reduzir os direitos e a renda dos trabalhadores.
Fomos informados pela Reitoria que o governo já deu a ordem para que o auxílio-transporte seja cortado dos nossos contracheques. O argumento é cretino: quem está em trabalho remoto não está se deslocando. Uma meia verdade que esconde a realidade: o regime de “home office”, adotado como medida de prevenção à pandemia do coronavírus, elevou o custo de vida. Contas de luz mais altas, serviços de banda larga e equipamentos (computadores, celulares etc) pessoais utilizados para a manutenção das atividades.
Na noite de sábado, outro absurdo: em votação no Senado Federal, o projeto de lei complementar que previa auxílio aos estados e municípios foi aprovado por praticamente todos os senadores contendo um artigo sob encomenda de Paulo Guedes: Trata-se do congelamento dos salários e carreiras dos servidores federais, estaduais e municipais, do Executivo, do Legislativo e do Judiciário, por 18 meses, até o final de 2021.
Na prática, o auxílio sairá do nosso bolso. A “economia” com o congelamento equivale ao valor do auxílio aprovado pelo Senado: 125 bilhões de reais. Enquanto isso, a ajuda aos bancos, que lucraram cerca de 110 bilhões de reais apenas em 2019, foi superior a 1 trilhão de reais, sem a exigência de contrapartidas!
A direção do Sintufrj prepara ações em todas as frentes contra o corte ao auxílio-transporte. Em paralelo, junto com outras entidades e centrais sindicais, vamos pressionar os deputados para derrubar, na votação do projeto de lei de auxílio aos estados e municípios, o artigo criminoso que congela concursos, salários e carreiras. Já estamos há mais de 4 anos sem reajustes e não aceitamos que Bolsonaro e o Congresso insistam em nos empurrar a conta da crise!
Convocamos a categoria a enviar e-mails para todos os deputados e pressioná-los pelas redes sociais. Queremos que os banqueiros e os bilionários paguem a conta da crise, e não os trabalhadores!
Direção do Sintufrj/Gestão Ressignificar