Há um ano, Denise tomava posse

Compartilhar:

Durante a sessão do Conselho Universitário desta quinta-feira, conselheiros mencionaram o aniversário de um ano de gestão da reitora Denise Pires de Carvalho. Exatamente no dia 2 de julho de 2019, Denise assinava o termo de posse, com o simbolismo de ser a primeira mulher a assumir o comando da UFRJ em 100 anos de história de uma das principais instituições de ensino superior do país. Outro ingrediente que marcou a posse da nova reitora foi o fato de iniciar o mandato em circunstâncias conjunturais adversas num governo hostil às universidades e à educação. Isso se refletiu na asfixia financeira, nos ataques autoritários, nas seguidas ofensivas contra a autonomia universitária. Mas uma variável sinistra e imprevisível que sequestrou a rotina das pessoas do país e do mundo, e que já dura esses meses e sem deadline à vista, vai marcar também na história mais de uma centena de dias do mandato de Denise Pires: a devastadora crise sanitária que pôs a vida de cabeça para baixo. São dias difíceis para a UFRJ (assim como para a rede de universidades, institutos e colégios federais). É platitude afirmar que, noves fora a pandemia, o governo Bolsonaro é um vírus que ataca o país. Para ficar no nosso âmbito, a educação, o caos é presente: três personagens já viraram ministros. Cada um mais abjeto que o outro. O último durou cinco dias, desmoralizado por ser fraudador de currículos. Os dois anteriores eram combinação de inépcia, reacionarismo e baixa moral. O arsenal de ataques do governo de extrema direita não tem dado trégua. E a forma eficaz de enfrentar a violência segregacionista e opressora exige unidade e democracia na UFRJ. É daí que arrancamos nossa força.

COMENTÁRIOS