Os 35 anos de dedicação da médica Hermengarda Patrícia de Mello Santoro à UFRJ foram reconhecidos pelo Conselho Universitário que na sessão virtual de quinta-feira 13 aprovou, por unanimidade, a concessão do título de Técnica-Administrativa em Educação Emérita.
Doutora Patrícia, como carinhosamente era tratada por colegas e pacientes, trabalhou no Instituto de Doenças do Tórax (IDT), unidade do Centro de Ciências da Saúde (CCS).
A solicitação do título de emerência à servidora foi feita pelo professor Alexandre Cardoso (ex-reitor da UFRJ) e antes de chegar ao Consuni, foi aprovada pelo conselho diretor e pelo colegiado do IDT unidade de origem da servidora, como pede o ritual.
No Consuni, o título de Emérita à medica se deu por aclamação depois da leitura do parecer favorável da Comissão de Ensino e Títulos, sob relatoria da conselheira técnica-administrativa Joanna de Angelis, que é coordenadora do Sintufrj.
O parecer lembrou que, em 2006, o Conselho Universitário disciplinou a concessão de título honorífico a Técnico-Administrativo em Educação (com a resolução 8 de 14 de setembro de 2006), formalizando o reconhecimento pela trajetória profissional e o valor a uma das categorias que compõem o quadro de servidores.
A concessão do título à Patrícia foi formalmente anunciada pela reitora Denise Pires de Carvalho. “Tenho a grande honra de anunciar a concessão de título de servidora emérita a Hermengarda Patrícia de Mello Santoro por aclamação. Parabenizo a servidora, o Instituto de Doenças do Tórax (onde trabalhou), o Centro de Ciências da Saúde e ao nosso Sistema Único de Saúde”.
“Como TAE, recém chegada ao Consuni como representante da bancada dos técnicos-administrativos, fico muito feliz em ter tido a oportunidade de apresentar esse parecer de Título de Técnico-Administrativo em Educação Emérito a servidora Hermengarda Patrícia de Mello Santoro”, comemorou a relatora Joanna de Angelis.
Quem é
Hermengarda Patrícia de Mello Santoro ingressou na UFRJ em março de 1983, após concluir sua Residência Médica em Pneumologia, iniciando suas atividades profissionais no então Instituto de Tisiologia e Pneumologia e seguindo no atual Instituto de Doenças do Tórax até sua aposentadoria, ocorrida em abril de 2018.
O relatório que justificou a emerência cita diplomas e títulos alcançados na sua vida profissional, sua efetiva participação em atividades acadêmicas e elogios e reconhecimentos por onde trabalhou. O relatório registra, ainda, o seu caminho marcado pelo compromisso público em sua trajetória.
Emerência a técnicos-administrativos repara uma injustiça histórica, como bem apontou o relatório da Comissão de Ensino e Títulos, ao reconhecer e valorizar a relevância do imprescindível servidor. Segundo a Secretaria dos Órgãos Colegiados, esta é a segunda vez que o colegiado concede este título.
A reitora Denise Pires lembrou que a primeira técnica-administrativa a receber o título, concedido em 2018, também por unanimidade, foi a servidora aposentada emérita Regina Célia Alves Soares Loureiro, a Regininha, que trabalhou na Pró-Reitoria de Planejamento, Desenvolvimento e Finanças.
Aplausos
Sobre a médica Patrícia, o conselheiro (representante dos professores titulares do CCS) Roberto Medronho a definiu como “pessoa muito marcante”. O conselheiro técnico-administrativo Roberto Gambine contou um pouco de sua trajetória como médica no Instituto de Tisiologia e Pneumologia nos anos 1990.
A emoção da doutora
“Uma grande homenagem. Fico emocionada, sensibilizada. Se contarmos os anos da Faculdade de Medicina, são 46 anos de UFRJ”, declarou a médica Hermengarda Patrícia de Mello Santoro, agraciada com o título de técnica-administrativa Emérita da UFRJ pelo Conselho Universitário.
Ela ingressou na universidade em 1975, se formou em 1980 e, em janeiro de 1981 começou trabalhar no IDT, (na época ITP, ainda no Caju, como residente). Em 1983, foi convidada para integrar o estafe da unidade e, depois virou servidora em 1988 na UFRJ.
“Pertenço a UFRJ desde sempre”, disse ela, contando que o IDT “sempre foi minha casa querida, amada. Se sou alguma coisa hoje, se tenho esta história de vida que vale esta premiação devo ao IDT”.
“É uma honra (a emerência) e eu me sinto muito feliz porque, de certa forma, representa a dedicação com a qual eu sempre trabalhei”. A médica disse que colaborou na direção do instituto em várias gestões, como chefe de serviço, vice-diretora, diretora-adjunta, inclusive quando o instituto foi para a Cidade Universitária.
“Sempre trabalhei para o crescimento da instituição que tem um potencial enorme para estar atuando no cenário da Pneumologia carioca e no Brasil”, avaliou.