Moções lembram vítimas da pandemia e bispo poeta Pedro Casaldáliga

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O Conselho Universitário desta semana (quinta-feira,13) foi aberto com um minuto de silêncio pelos mais de 100 mil mortos pela Covid-19 (triste marca que o país atingiu no dia 8 de agosto) e pelas famílias que sofreram as perdas. A UFRJ decretou luto oficial de três dias. Segundo a reitora Denise Pires, apesar das dezenas de vítimas, ainda está longe o fim da pandemia, e enquanto não houver vacina deve-se manter o distanciamento devido. Por fim, foi aprovada uma moção de pesar com o alerta: “Não deixaremos essas vozes, agora mudas, esquecidas”.

Casaldáliga: “Exemplo na luta contra a opressão do povo”

Outra moção aprovada nesta sessão do Consuni homenageou o bispo poeta Pedro Casaldáliga, morto no dia 8 de agosto. Ele chegou ao Brasil em 1968 e assumiu a Prelazia São Félix do Araguaia (MT) em 1971, e sempre esteve ao lado dos camponeses pobres, ribeirinhos e povos indígenas, levando mensagens corajosas às vítimas dos grileiros e aos atingidos pelas expropriações no campo.

“Foi permanentemente ameaçado de morte e de expulsão do país no período da ditadura; contudo, nada disso o demoveu de levar as mensagens da teologia da libertação aos espoliados da terra. Foi pioneiro na elaboração e difusão da causa ecossocial, baseada nos direitos humanos, na proteção da natureza e no bem-viver dos que vivem no campo”, diz o texto, que também contém um resumo da história de Pedro Casaldáliga no país e a sua opção por viver a vida simples dos pobres, “aquecendo o cotidiano com poesias que se notabilizam pela força, delicadeza e sensibilidade”.

 

 

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