Pandemia suspende o movimento contra o ponto eletrônico na Unirio

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Na Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (Unirio), o debate sobre a implantação do ponto eletrônico para os técnicos-administrativos em educação foi iniciado no fim de 2019, mas foi suspenso com devido à pandemia da Covid-19, informou o coordenador-geral da Associação dos Trabalhadores em Educação da Unirio (Asunirio), Wilson Ferreira Mendes.

“Com a normativa do governo, fizemos campanha contra a imposição desse tipo de controle de frequência na universidade. Houve até uma audiência pública com a comunidade universitária em novembro de 2019 para tirar dúvidas e nos posicionarmos”, disse o dirigente. No entanto, a aparente abertura de debate e esclarecimentos à comunidade universitária, segundo ele, escondiam a real intenção da administração da Unirio. 

Progepe contra a categoria

“Na verdade, já estava engatilhada a implantação do ponto eletrônico. A Pró-Reitoria de Gestão de Pessoas (Progepe) chegou a organizar um calendário de apresentação e treinamento do Sistema de Registro Eletrônico de Frequência (Sisref) para determinados setores, em janeiro de 2020, mas isso não ocorreu devido à pandemia. Está tudo paralisado”, reafirmou Wilson.

 “Sabemos que com esse governo Bolsonaro está tudo orquestrado para prejudicar os servidores públicos, os trabalhadores em educação e as universidades. Esse processo de controle de frequência através do ponto eletrônico só não foi concluído devido à pandemia. A maioria dos técnicos-administrativos da Unirio está em home office, e por isso ainda não houve como estruturar essa implantação”, avaliou o coordenador sindical. 

Porém, a entidade mantém a disposição de lutar contra a imposição do governo e a falta de coragem da universidade em defender a autonomia universitária. “Temos de pensar o que fazer quando esse processo for reiniciado. A decisão da categoria da UFRJ é um exemplo a ser seguido”, afirmou.

Visão de helicóptero do campus Urca da Unirio.

 

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