A Comissão de Heteroidentificação da UFRJ foi notícia no Conselho Universitário (Consuni) desta quinta-feira, 11 de março. A coordenadora do Sintufrj e heteroidentificadora, Noemi de Andrade, apresentou números aos conselheiros que comprovam que a sociedade agora tem certeza de que a universidade está colocando em prática suas políticas afirmativas.
Segundo Noemi, 764 pessoas se inscreveram para a 3ª edição do Curso de Formação para a Comissão de Heteroidentificação, inclusive de outras universidades federais, como de Roraima, Lavras, Espírito Santo, Goias, São João Del Rey, além da UFF, Rural e da Uerj. O curso será iniciado no mês de março (ainda sem data) e transmitido pela plataforma AVA.
“Isso é resultado do trabalho sério realizado de forma voluntária por técnicos-administrativos, professores e alunos – porque a comissão é plural –, e com o apoio da Reitoria”, destacou a dirigente.
Ação exitosa
“É importante dizer que nós temos a Portaria 2.271/2019, da UFRJ, e que hoje atuamos, tanto para dentro como para fora da instituição, como formadores de opinião de políticas públicas de combate contra o racismo e de defesa da igualdade racial”, pontuou Noemi.
Inclusive, no dia 18 de março, a Reitoria participará da live da campanha 21 Dias Contra o Racismo, às 15h, com transmissão pelas plataformas digitais do Sintufrj, falando sobre as cotas raciais.
“Portanto”, disse Noemi no Consuni, “é importante que a gente marque, aqui, que as políticas públicas antirracismo da UFRJ finalmente saíram das nossas paredes e estão alcançando o mundo, mostrando que a nossa universidade é plural e referenciada. E estamos mudando a cor do cenário que era o ensino superior há alguns anos atrás com as políticas afirmativas realmente sendo postas na UFRJ de uma forma mais igualitária”.