Na segunda-feira, 8, todos os 32 leitos de CTI do Hospital Universitário Clementino Fraga Filho (HUCFF) destinados a pacientes com a Covid-19 estacam ocupados, e também cinco leitos da enfermaria Covid, informou a assessoria de imprensa da unidade.
O recrudescimento da pandemia do coronavírus em todas as regiões do país, expõe um problema grave para a população do Rio de Janeiro que necessita de internação para se tratar da Covid-19: leitos impedidos em hospitais federais, na maior parte por falta de médicos, enfermeiros ou técnicos de enfermagem.
Situação do HU
O Hospital Universitário da UFRJ também convive com o drama de falta de pessoal, mas, segundo a assessoria, isso ocorre em consequência do afastamentos de servidores amparados por resoluções internas da universidade para proteção à vida. São os profissionais com autodeclaração por comorbidades de doenças crônicas, idade acima de 60 anos, gestantes e coabitação com idosos e crianças menores.
Além disso, não há reposição de servidores equivalentes ao número dos que se aposentaram ou faleceram.
Segundo a assessoria de imprensa do HUCFF, a Prefeitura do Rio tem mantido os contratos atuais dos profissionais que já estão atuando na unidade desde o começo da pandemia. E o Ministério da Saúde destinou meios para a contratação de profissionais pela Fiotec (Fundação de apoio à Fiocruz), para a reativação de leitos – os leitos são habilitados à medida que estes profissionais estão chegando.
Situação atual
O HUCFF possui 321 leitos ativos. Destes, 66 estão habilitados para a Covid-19, sendo 32 leitos de CTI e 34 de enfermaria, e 30 estão bloqueados.
Leitos bloqueados ou impedidos são aqueles que não podem ser utilizados por qualquer razão (características de outros pacientes que ocupam o mesmo quarto ou enfermaria, manutenção predial ou de mobiliário, falta de recursos humanos).
Capacidade
Com recursos humanos e equipamentos, o HUCFF tem capacidade para até 350 leitos ativos, podendo chegar a 80 leitos para atendimento de pacientes com a Covid-19. E, segundo a assessoria, mesmo com a pandemia viral, o hospital tem conseguido manter sua rotina de cirurgias eletivas e os atendimentos ambulatoriais, realizando em média 25cirurgias por dia e 800 consultas.