Sintufrj reivindica no Consuni adoção de medidas mais enérgicas de proteção à vida da comunidade universitária

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A representante técnico-administrativa no Conselho Universitário (Consuni) e coordenadora do Sintufrj, Joana de Angelis, conclamou, na sessão do colegiado na quinta-feira, 25, a Reitoria a estabelecer regras rigorosas de distanciamento social diante do agravamento da pandemia, suspendendo integralmente o trabalho presencial na universidade. 

Joana disse que, a exemplo do que ocorreu há um ano, só devem permanecer presenciais as atividades relacionadas ao combate ao coronavírus e à pandemia, a salvar vidas e de proteção à UFRJ de perdas irreparáveis. Segundo a conselheira, as medidas adotadas pela Reitoria na época foram corretas.   

Ela fez um resgate da realidade imposta à comunidade universitária desde o dia 16 de março de 2020 e que levou a Reitoria a determinar que o trabalho na universidade passasse a ser realizado remotamente, mantendo em modo presencial apenas as atividades essencialmente vinculadas à manutenção da vida e o combate ao coronavírus. 

Apelo pelo agravamento da contaminação

“Hoje a gente está vivendo uma situação muito pior do que em março de 2020, por isso precisamos ter a mesma firmeza e a mesma seriedade. Queremos que a Reitoria tome para si a responsabilidade para, com o rigor necessário que o momento exige, estabelecer que nenhuma atividade presencial que não esteja vinculada a esta essencialidade seja mantida, independente de qualquer determinação do governo estadual ou municipal”, acrescentou Joana.

A conselheira e dirigente sindical propôs que, como aconteceu em março de 2020, a Reitoria seguisse a orientação do GT Coronavírus da UFRJ: “precisamos manter esta coerência pautados pela ciência de preservação da vida, do nosso corpo social e do nosso compromisso com a sociedade. Temos que diminuir a circulação pela cidade nos transportes públicos”. 

Medidas da Reitoria devem ser seguidas pelas chefias

As novas medidas precisam ser adotadas pela Reitoria, e com urgência, “para que nenhum gestor, chefe de setor ou de laboratório, equivocadamente mantenha quaisquer atividades presencias que não estejam vinculadas à manutenção da vida e à colaboração no combate ao coronavírus”, ela defendeu.

E essas medidas, segundo Joana, devem vigorar não apenas por um determinado período, mas “para até quando for necessário para que tenhamos garantias de vida e que esse vírus esteja contido”. E encerrou reforçando o apelo: “Esperamos que a Reitoria assuma essa responsabilidade de forma rigorosa diante de toda universidade”. 

Comissão de Biossegurança

Por solicitação da bancada técnico-administrativa, foi assegurado o direito de manifestação, no Consuni, da coordenadora do Sintufrj, Noemi de Andrade, para reforçar o apelo feito à Reitoria de adoção de medidas mais contundes em defesa da vida.

Noemi lembrou que o GT Covid da UFRJ, em março de 2020, tirou posicionamento referendado pela Instrução Normativa nº 07/2020 (sobre trabalho durante a pandemia): “Temos que reimplantar tudo que falamos lá atrás que, com o tempo e o cansaço das pessoas, foi sendo esvaziado. O GT Covid fez indicação para a sociedade de isolamento social, de medidas de segurança, de confiança na ciência e na vacina. É importante, neste momento, que novamente se adote, com mão firme, a mesma posição apontada pelo GT Covid da UFRJ e que falamos para fora da universidade. Muito nos orgulha direcionar o que pesquisamos aqui para a sociedade, e temos que trazer isso de volta”, disse a dirigente sindical. 

Outra reivindicação feita ao Consuni por Noemi foi de criação de uma comissão de biossegurança com a participação dos Centros. “No início da pandemia, dizia-se que morria um boeing por dia. Hoje morrem 10 boeigns e a gente não pode naturalizar isso”, ela disse, reiterando que é preciso fechar a universidade para tudo que não for voltado ao combate à Covid-19, à defesa da vida e à segurança. 

Reitora ratifica a nota 

Denise Pires de Carvalho citou a nota divulgada pela Reitoria contendo as recomendações do GT Covid-19 da UFRJ para responder aos apelos feitos pela bancada técnico-administrativa e o Sintufrj: “Todos leram (a nota). Nossas recomendações são que apenas o que é essencial, como atividades hospitalares, cuidado com animais de experimentação…Todos sabemos o que é atividade essencial, estamos há um ano trabalhando desta maneira. Que apenas estas atividades sejam essenciais neste momento”. 

E encerra o assunto no colegiado apenas apelando para o bom senso dos trabalhadores: “Faço um apelo à comunidade acadêmica para que permaneça em casa, em trabalho remoto, atuando da melhor forma possível, mas em casa. Este é um momento de muita dificuldade.”

 

 

 

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