Em depoimento à CPI do Genocídio, o deputado que denunciou o escândalo disse que o filho do presidente não tomou nenhuma providência
Em depoimento à CPI do Genocídio, nesta sexta-feira (25), o deputado federal Luis Miranda (DEM-DF) declarou que, além de Jair Bolsonaro, o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) foi avisado a respeito do possível esquema de corrupção na compra da Covaxin.
Miranda disse que conversou com o filho do presidente sobre os problemas relacionados com a aquisição da vacina indiana no plenário da Câmara dos Deputados. Em seguida, disse ter repassado a Eduardo o número de telefone do seu irmão, o servidor do Ministério da Saúde, Luis Ricardo Miranda.
O relator da CPI, senador Renan Calheiros (MDB-AL), questionou ao servidor se Eduardo havia entrado em contato com ele para dar encaminhamento ao caso. Luis Ricardo disse que isso não aconteceu.
O andamento da CPI está prejudicado pela tentativa da tropa de choque do governo de tumultuar os depoimentos. Os senadores Fernando Bezerra (MDB-PE) e Marcos Rogério (DEM-RO), frequentemente, interromperam as falas com o claro objetivo de prejudicar as apurações.
Bolsonaro
Luis Ricardo e Miranda disseram que levaram ao presidente Jair Bolsonaro documentos que denunciavam um suposto esquema de corrupção na compra da Covaxin, que tem como intermediário no Brasil a empresa Precisa Medicamentos. Eles afirmaram que estiveram no Palácio da Alvorada no dia 20 de março.