Líder dos caminhoneiros nega greve e desmente Sérgio Reis: “Não fala pela categoria”​

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Cantor afirmou que motoristas adeririam ao ato do dia 7 de setembro, por voto impresso e queda dos 11 ministros do STF

Igor Carvalho/Brasil de Fato | São Paulo (SP) | 16 de Agosto de 2021

Líder das paralisações dos caminhoneiros de 2018 afirmou que a categoria não aderirá aos atos do dia 7 de setembro – Marcelo Camargo/Agência Brasil

Wallace Landim, conhecido como Chorão, presidente da Associação Brasileira dos Condutores de Veículos Automotores (Abrava) e líder das paralisações dos caminhoneiros de 2018, desmentiu o cantor Sérgio Reis e afirmou que a categoria não aderirá aos atos do dia 7 de setembro, que pedirão a aprovação do voto impresso e a queda dos 11 ministros do Supremo Tribunal Federal (STF).

“Não é verdade, ele não representa os caminhoneiros. O Sérgio Reis defende o agro e virou as costas para a categoria. Agora, ele vem dizer que é líder da categoria? Esse movimento não é dos caminhoneiros, querem nos usar”, afirmou Chorão, em entrevista ao Brasil de Fato. 

“Nós fizemos uma reunião com os caminhoneiros e agricultores. Estamos fazendo um movimento clássico, sem agressões, sem nada. Queremos dar um jeito de movimentar esse país”, afirmou Sérgio Reis, na última sexta-feira (13). “Nós vamos parar 72 horas. Se não fizer nada, nas próximas 72 horas ninguém anda no país. Vai parar tudo. Não é só Brasília, é o país”, encerrou o cantor. 

Chorão lembra que em 2018, após a greve da categoria que paralisou o país por dez dias, os ocaminhoneiros procuraram Sérgio Reis, que era deputado federal, para pedir ajuda na tramitação de projetos que beneficiariam a categoria. 

“Hoje, tem uma leva de segmentos que nos procura para outras pautas, mas esquecem das pautas da categoria. O agro é contra a tabela de piso do frete, aí vem o Sérgio Reis, que faz parte do agronegócio, dizer que fala em nome dos caminhoneiros. Ele não fala. Em 2018, logo depois da greve que parou o Brasil, eu procurei ele no cafezinho do Congresso e pedi ajuda, mas fui ignorado.”

Outro motivo para que os condutores se esquivem da manifestação, é que a maior parte da categoria, segundo Chorão, é crítica ao governo de Jair Bolsonaro (sem partido), maior beneficiado dos atos de 7 de setembro. 

“Assim, se você pegar, em 2018 tinha 80% da categoria apoiando o Bolsonaro. Hoje, isso não existe mais, fomos abandonados pelo governo. Temos negociado, o ministro Tarcísio sempre nos recebe, mas quando as negociações avançam, essa turma do Sérgio Reis, do agronegócio, breca nossos avanços”, encerra.

Edição: Vivian Virissimo

 

 

 

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