Federais do Rio reveem seus calendários de retorno

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A exigência do comprovante de vacina está sendo adotado com rigor, menos pela Unirio, cujo colegiado máximo nem sequer votou o plano de retorno seguro

O ano de 2022 começou com as universidades federais do Rio revendo seus cronogramas de retorno às atividades presenciais, diante da expansão da variante ômicron, que teve um aumento de 181% nos casos registrados no estado, em janeiro. A exigência de comprovante vacinal nas dependências dos campi para todos os servidores, técnicos e docentes, e para os alunos de graduação e pós-graduação, somente ainda não foi adotada pela Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (Unirio). 

UFF

A Universidade Federal Fluminense (UFF) manterá até o encerramento do atual semestre letivo, em 12 de fevereiro, o plano em vigor, que estabelece atividades presenciais somente para aulas práticas e estágios. 

Sobre o próximo semestre letivo, que se inicia no dia 28 de março, ainda não há decisão. De acordo com a UFF, três cenários estão em análise para as aulas: presencial, presencial mediado por tecnologia e remoto no caso de recrudescimento da pandemia.

A comprovação da vacinação completa contra a covid-19 para a realização de atividades presenciais nas dependências da UFF é exigida desde o dia 31 de janeiro. O comprovante vacinal deverá ser anexado no portal da universidade por todos os servidores e pelos estudantes de graduação e pós-graduação. 

Já os visitantes terão que apresentar cópia do comprovante ou a carteira de vacinação digital.

Caso o servidor esteja impossibilitado de receber o imunizante contra a covid-19, por motivo de saúde, deverá enviar o atestado/laudo médico à Coordenação de Atenção Integral à Saúde e Qualidade de Vida (Casq), via e-mail, para análise e parecer. Já no caso dos alunos, caberá à Coordenação de Curso possibilitar a alteração do plano de estudo para a realização de componentes curriculares no formato remoto.

UFRRJ

Na Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ), o adiamento vai até o dia 7 de março, quando está prevista a volta integral das atividades acadêmicas presenciais dos cursos de graduação. 

Na primeira semana de fevereiro começou a nova avaliação dos indicadores. Caso haja melhora no cenário, o retorno presencial poderá ser antecipado; caso haja piora, o retorno poderá ser adiado novamente. Esta informação será comunicada a toda a comunidade com 15 dias de antecedência da data de retorno prevista.

As normas para a operacionalização da exigência da prévia comprovação da vacinação contra a covid-19 foram aprovadas em janeiro pelo Conselho Universitário (Consuni), e serão adotadas para acesso e permanência nos espaços destinados às atividades de ensino, pesquisa, extensão e administrativos da Rural.

Todos os servidores da UFRRJ, de todas as carreiras, deverão obrigatoriamente cumprir com o cronograma oficial de vacinação, disponível para o seu grupo específico ou faixa etária, enviando o comprovante de vacinação para sua chefia imediata, por meio de um sistema definido oportunamente pela Pró-Reitoria de Gestão de Pessoas. Os estudantes, por sua vez, devem, até sete dias úteis após a matrícula, enviar o comprovante para sua Coordenação de Curso por meio de um sistema a ser definido pela Pró-Reitoria de Graduação.

Os servidores e alunos que não comprovarem vacinação, ou não tiverem seus atestados de impedimento de saúde para imunização aprovados pelos setores de saúde da UFRRJ, poderão seguir com suas atividades funcionais e acadêmicas de forma não presencial, mas não poderão entrar, circular ou permanecer nas instalações da universidade. 

Unirio

A Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (Unirio) prorrogou até 15 de fevereiro a interrupção das atividades presenciais, exceto para as atividades indispensáveis. Essa decisão foi adotada em 1º de fevereiro. E o motivo pelo qual a instituição ainda não ter definido a exigência do passaporte de vacinação é porque o Conselho Universitário não votou, até agora, a proposta do plano de retorno entregue no ano passado pelo grupo de trabalho (GT) criado com essa finalidade. Segundo os servidores, o reitor Ricardo Silva Cardoso não levou a proposta ao colegiado para apreciação. 

“Estávamos fazendo essa discussão exatamente agora na Câmara de Graduação”, informou, na quinta-feira 3, Oscar Gomes, técnico-administrativo integrante do GT. “A Reitoria não colocou a proposta em votação. E, o pior, o contexto já é outro com o avanço da ômicron. Portanto, a proposta já está desatualizada”, lamenta o servidor. 

 

 

 

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