Saiu para trabalhar em refinaria da Petrobras e não voltou para os 3 filhos e esposa

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Nesta quinta-feira (24), a FUP realiza, às 7h, ato nacional em repúdio à morte de mais um trabalhador e denunciar a responsabilidade da gestão por mais um acidente de trabalho

Publicado: 22 Fevereiro, 2022 – Escrito por: Redação CUT | Editado por: Marize Muniz

Nesta quinta-feira (24) às 7h, a Federação Única dos Petroleiros vai realizar um ato nacional nas bases de todos os Sindicatos filiados em repúdio à morte de mais um trabalhador e denunciar a responsabilidade da gestão por mais um acidente de trabalho. 

Saiu para trabalhar em uma refinaria da Petrobras e não voltou para os três filhos e a mulher.

Foi isso que aconteceu na manhã de domingo (20) na Refinaria de Duque de Caxias (REDUC). A vítima foi caldeireiro José Arnaldo de Amorim, trabalhador terceirizado da empresa C3, que presta serviços para a Petrobras. Na hora do acidente, ele estava em local confinado, na U-4500, vaso 7.

Nesta segunda, os trabalhadores e as trabalhadoras da REDUC protestaram contra mais uma morte nas instalações da empresa. Segundo a FUP, o trabalhador foi “vítima do descaso da gestão da refinaria com as condições de segurança no trabalho”.

Sindicalistas cobram estatal e autoridades

A FUP já solicitou participação na comissão de investigação e análise que será feita na REDUC.

O Sindicato dos Petroleiros de Caixas (Sindipetro Caxias) denunciou a morte do trabalhador aos seguintes órgãos: Ministério Público do Trabalho, Superintendência Regional do Trabalho e Emprego (SRTE), Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), Instituto Brasileiro de Petróleo e Gás (IBP) e ao Centro Referencia Estadual Saude Trabalhador (CEREST).

Nenhum órgão até o momento compareceu a refinaria. O MPT já abriu procedimento 000114.2022.01.004/0.

A polícia civil foi notificada pela empresa C3 engenharia sendo gerada a ocorrência policial 05903497/2022. 

A FUP e o Sindipetro Caxias estão dando todo o apoio à família de José Arnaldo. Os diretores acompanham cuidadosamente questões importantes relativas ao atestado de óbito do companheiro. O sindicato está, juntamente com o Sindicato dos Trabalhadores da Construção Civil, Montagem Industrial, Mobiliário, Mármore e Granito e do Vime (SITICOMMM), disponibilizando toda a assistência à família.

“A pergunta que fica em nossas cabeças enquanto choramos pela morte dos nossos companheiros é, até quando a gestão da empresa sairá impune pelos acidentes de trabalho?”, questionam os dirigentes em nota no site da FUP.

Com informações da FUP.

 

 

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