Com a live “O feminismo no centro de debate”, nesta segunda-feira, 7, a direção do Sintufrj abriu as celebrações da entidade pelo mês dedicado às lutas das mulheres em todo o mundo. A atividade também foi uma convocatória às trabalhadoras e trabalhadores da UFRJ para o grande ato desta terça-feira, o #8M, às 16h, na Candelária, no centro do Rio. Assista no Facebook ou no canal do Youtube do Sindicato.
O debate reuniu duas jovens mulheres militantes negras, Dara Sant¹Anna e Natália Trindade, que fazem a diferença na luta contra o feminicídio, racismo, machismo, LGBTfobia na UFRJ e nos movimentos sociais. A mediação foi da coordenadora de Educação e Cultura do Sintufrj, Joana de Angelis.
“O feminismo tem que estar no centro do debate. A formação feminista é um trabalho de formiguinha, mas os resultados são muito gratificantes”, pontuou Dara, que faz parte da Marcha Mundial de Mulheres (MMM) e do Movimento Negro Unificado (MNU). “A revolução da sociedade vai passar pelas nossas mãos e o momento é de pôr o bloco na rua”, afirmou a militante. “Seguiremos em marcha, seguiremos gritando até que todas nós sejamos livres!”, propôs.
Segundo Dara, é preciso que os homens, nossos companheiros, falem contra o machismo na mesa de bar, repreenda o amigo que faz fiu, fiu para uma mulher na rua.
Natália, dirigente da Associação de Pós-Graduandos da UFRJ (APG), onde cursa doutorado, e da União Brasileira de Mulheres (UBM), lembrou Cora Coralina ao repetir que as mulheres são múltiplas, porque temos um olhar diferenciado sobre a sociedade. “Nós, mulheres, queremos produzir conhecimento e ciência para o povo. Por isso todos devem defender as cotas sociais e raciais de acesso a universidade pública”, afirmou a pesquisadora, que nasceu e foi criada num bairro operário do município de São Gonçalo.
“Estamos vivendo a 4ª onde do feminismo, construindo com o pé no chão uma cidadania com a nossa cara”, acredita Natália. Para ela, Bolsonaro e todos os bolsonaristas são contra a soberania nacional, contra o povo preto, contra os brasileiros, e conclamou a comunidade da UFRJ a participar do #8M: “Vamos todos e todas ao ato na Candelária. Pela vida das mulheres bolsonaristas nunca mais!”
Ponto de encontro do Sintufrj
A coordenadora Joana informou que a bandeira do Sintufrj, na Candelária, vai demarcar o ponto de encontro da categoria para a marcha até a Cinelândia. A entidade encomendou camisetas lilases em homenagem às mulheres especialmente para a data, que foram entregues às trabalhadoras na segunda-feira, nos campi da UFRJ, e o restante serão distribuídas no ato.