Mobilização urgente contra os ataques de Bolsonaro ao meio ambiente

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O governo está usando a guerra na Ucrânia para pressionar deputados a votar pela mineração em terras indígenas. Pedido de urgência já foi protocolado e vai ao colégio de líderes dia 8. Artistas e organizações convocam manifestação dia 9 de março, na Esplanada dos Ministérios, “em defesa da Terra” para pressionar o Congresso a barrar projetos de lei que terão impactos diretos e irreversíveis para a Amazônia, os direitos humanos, o clima e a segurança da população, segundo manifesto do grupo.

Fonte: Carta Capital 

O Ricardo Barros, líder do governo Bolsonaro na Câmara (Foto: Valter Campanato/Agência Brasil)

O líder do governo na Câmara dos Deputados, Ricardo Barros (PP), começou a colher assinaturas para que o projeto de lei do Executivo 191/20 tramite em regime de urgência. Barros usa como argumento para a urgência a guerra na Ucrânia. Isso porque o País importa 85% de seus fertilizantes, 23% deles apenas da Rússia. O pedido de urgência foi protocolado e será levado ao colégio de líderes na próxima terça-feira 8, para decidirem quando vota a pauta.

O projeto autoriza atividades de mineração, agronegócio e de qualquer tipo de obra de infraestrutura dentro das áreas demarcadas, ainda não passou por nenhuma comissão da Câmara para ser alvo de discussões e ajustes, mas a expectativa do governo é que sua votação vá a plenário nas próximas semanas, segundo o portal Terra.

A aprovação do PL 191/2020 pode causar a perda de 160 mil km² de floresta na Amazônia, área maior que a superfície da Inglaterra. “Eles já têm maioria para votar a urgência, então nossa queda de braço é apostar nas mobilizações de fora pra dentro, pressão da opinião pública, pois se colocar para votar corremos risco”, afirmou o deputado federal Nilto Tatto (PT-SP) à revista Carta Capital. Para ele, a guerra é apenas uma forma de garantir narrativa e liberar logo a mineração.

Ato contra ‘pacotaço’ de ataque ao meio ambiente

No dia 9, acontece na Esplanada o ato “Em Defesa Da Terra” contra projetos variados a agenda antiambiental do governo, incluindo o PL 191. 

Caetano Veloso, Maria Gadú, Seu Jorge e Nando Reis se colocam contrapropostas que tratam de grilagem, liberação de agrotóxicos e garimpo em terras indígenas. Encabeçam ainda a convocação para a manifestação artistas como Bela Gil, Cristiane Torloni, Letícia Sabatella, Bruno Gagliasso e Lázaro Ramos que se juntam a e organizações sociais como Movimento dos Trabalhadores Sem Terra, Greenpeace Brasil, Observatório do Clima, ClimaInfo, Movimento dos Trabalhadores Sem Teto.

 

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