Por Adriana Franco – Sindicato dos Jornalistas de São Paulo
De Rolândia, no Paraná, Elifas Andreato chegou a São Paulo na década de 1960, quando passou a contribuir para publicações sindicais com charges e ilustrações. Em 1967, ingressou na Editora Abril, atuando para as revistas Manequim, Claudia, Quatro Rodas e Placar. Na década de 1970, o designer deixou a Editora Abril para atuar na imprensa alternativa, como jornal Opinião, O Movimento e a revista Argumento.
Crítico à ditadura militar brasileira, o artista possui uma extensa obra a respeito, tendo inclusive sido tema de exposição no museu Memorial da Resistência, em 2010. Mais de 100 trabalhos do artista, entre cartazes para peças de teatro, capas de livro, discos, revistas e jornais da imprensa alternativa abordam o tema. O Sindicato dos Jornalistas de São Paulo possui duas destas obras: 25 de outubro, alusiva ao assassinato do jornalista Vladimir Herzog, e outra relativa aos 50 anos do golpe de 1964.
Além de atuar na imprensa, Elifas Andreato teve seu trabalho como capista de discos bastante reconhecido. O artista é autor de mais de 300 capas, tornando-se referência para diversos artistas.
A diretoria do Sindicato dos Jornalistas lamenta a morte de Elifas Andreato e solidariza-se com familiares, amigos e colegas pela perda.