Jornada de lutas: 19,99% Já

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Na assembleia desta quarta-feira, 13, às 10h, nas escadarias do Centro de Ciências da Saúde (CCS) os trabalhadores da UFRJ se reúnem em assembleia para discutir os rumos das campanhas salarial e Fora Bolsonaro. São cinco anos de salários congelados com o poder de compra engolido diariamente pelo aumento do custo de vida e pela inflação galopante. Nos três anos de governo Bolsonaro as perdas inflacionárias chegaram a quase 20%.

Uma nova jornada de lutas neste mês de abril movimenta os servidores públicos que vêm cobrando uma resposta do governo para a reposição salarial emergencial de 19,99%. Nas próximas duas semanas haverá vigília no Ministério da Economia, em Brasília, e atos nos estados para culminar no dia 28 de abril com paralisação nacional pela reposição emergencial já. 

Como Bolsonaro não quer negociar com a massa do funcionalismo e não respeita os servidores a mobilização segue com vistas à construção da greve unificada do funcionalismo, sendo esse o caminho apontado pelo Fonasefe (Fórum das Entidades Nacionais dos Servidores Públicos Federais), do qual a Fasubra faz parte. 

Recursos existem para que o governo atenda a reivindicação de reposição salarial emergencial do funcionalismo. Só no ano passado, a arrecadação federal cresceu 17,3%. Além disso, as contas públicas tiveram um superávit de quase R$ 65 bilhões. Em contrapartida, despesas de pessoal tiveram uma redução de cerca de R$19 bi sob o discurso de ‘contingenciamento’ pregado pelo governo.

Servidores

Segundo informações da imprensa que cobre o governo, o Planalto trabalha com três caminhos em relação aos servidores.

1- Reajuste linear de 4% a 5%

2- Dividir o orçamento aprovado de R$ 1,7 bilhão apenas para a área de segurança e servidores de carreiras típica de estado; 

3- Conceder novo auxílio emergencial no valor de 400,00 reais; 

A direção da Fasubra alerta que esse balão de ensaio só está presente internamente no Palácio do Planalto, e traz divergências com o ministro da Economia: “Guedes mantém posição contrária em atender as reivindicações dos SPF. Portanto, não há nada de concreto.”

Greve segue em construção

As entidades que compõem o Fonasefe avaliaram em sua reunião dia 8 de abril, que apesar do crescimento na campanha salarial e com algumas entidades em greve, o patamar de mobilização e organização não é suficiente para garantir uma greve unificada forte dos servidores públicos federais. 

A direção da Fasubra, por sua vez, em sua avaliação reforça que para forçar o governo a atender à reivindicação do funcionalismo é preciso uma forte greve unificada dos servidores. E segue na construção deste movimento paredista unificado e na construção da greve do setor da educação, com Andes e Sinasefe que realizarão nova rodada de assembleias para definir a posição sobre a deflagração da greve. Na base da Fasubra quatro entidades já se encontram em greve, seja por pauta específica, seja pela pauta dos servidores públicos federais.

Calendário Fasubra/Fonasefe

18 a 22/4 – Realizar ações de mobilização nos locais de trabalho.

25 a 29/4 – Nas próximas duas semanas vigília de terça a quinta das 11 às 13h no Ministério da Economia, em Brasília. Jornada de lutas nos estados e reforço da vigília em Brasília.

28/4 – Dia Nacional de Paralisação em defesa da recomposição salarial emergencial.

 

Assista o vídeo: https://fb.watch/clHvBu7JjF/

 

 

 

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